Portugal goleou a Nigéria por 10-1, o Brasil goleou Omã por 8-2. A primeira jornada da fase de grupos do Mundial de futebol de praia confirmou o favoritismo de dois dos principais candidatos ao título no Paraguai e o confronto entre ambos comprovou esses argumentos para chegar ao encontro decisivo. No final, o Brasil acabou por ser mais forte e vencer por 9-7 um jogo que teve reviravoltas, diferenças de quatro golos recuperadas e a decisão nos últimos segundos da partida, colocando a Seleção Nacional a discutir a passagem aos quartos da competição frente a Omã na próxima terça-feira, num encontro onde o vencedor seguirá para a fase seguinte.
Num encontro que se previa equilibrado e com uma primeira fase de maior estudo entre as equipas, o Brasil teve uma entrada de rompante e inaugurou o marcador logo no primeiro minuto por Mauricinho, na sequência de um canto. Nas bancadas, de forma inevitável, as vitórias do Flamengo também estiveram representadas (com o cartaz “Ontem teve gol do Gabigol” de um adepto rubro-negro) e continuou a ser a turma canarinha a estar por cima do jogo, perante as dificuldades de Portugal em assentar os seus princípios. No entanto, depois de uma bicicleta de Von que bateu com estrondo no poste, a Seleção conseguiu virar ainda no primeiro período: Jordan, num livre (8′), e Coimbra, dando o toque final após assistência de Leo Martins a seis segundos do final, fizeram o 2-1.
Portugal começou a perder e deu a volta, o Brasil sofreu o 2-1 mas conseguiu nova reviravolta e apenas num minuto: Bruno Xavier empatou no pontapé de saída do segundo período e Catarino, após um contra-ataque numa jogada que começou num canto da Seleção Nacional, fizeram o 3-2. Leo Martins, numa jogada individual depois de um canto, ainda voltou a restabelecer a igualdade (16′) mas três minutos e meio de desconcentração de Portugal, com várias saídas rápidas e um autogolo pelo meio, permitiram que o Brasil chegasse ao 7-3 com golos de Bokinha (17′ e 18′), Rui Coimbra na própria (19′) e Rodrigo (20′). O máximo que a equipa de Mário Narciso conseguiu foi reduzir ainda antes do derradeiro período, com golos de Leo Martins (22′) e Belchior (23′, de penálti).
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Apesar da desvantagem, os dois golos deram outro alento a Portugal que conseguiu de novo chegar ao empate a sete por Rui Coimbra e Jordan no mesmo minuto (28′), deixando tudo em aberto para a parte final do terceiro período de um encontro com mais golos do que inicialmente se esperava. E seria de grande penalidade que Filipe, aos 30′, marcaria o 8-7 que se prolongaria até poucos segundos do final, quando Datinha fechou as contas.