Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, incluindo a Rússia, anunciaram esta sexta-feira que concordaram numa diminuição adicional da produção de pelo menos 500 mil barris por dia para sustentar os preços.
A partir de janeiro, esta redução vai levar a uma limitação total da produção de 1,7 milhões de barris por dia no conjunto dos 24 países envolvidos, segundo um comunicado divulgado após uma reunião que decorreu em Viena. Vários países produtores, como a Arábia Saudita, vão acrescentar a este novo objetivo reduções “voluntárias e suplementares”, de acordo com o texto.
Os ministros do setor do grupo de 24 países vão analisar de novo a situação e eventualmente reajustar o nível da oferta petrolífera no próximo dia 5 de março de 2020, numa reunião extraordinária em Viena. “Para equilibrar o mercado era necessário um corte de 500 mil barris por dia”, disse o ministro da Energia da Rússia, Alexandr Novak, no final da reunião da OPEP e de 10 produtores independentes.
Em conferência de imprensa, Novak declarou que o seu país vai contribuir para este novo corte com uma diminuição da ordem dos 70 mil barris por dia, enquanto a Arábia Saudita fará uma redução de 167 mil barris por dia, segundo o representante de Riade, Abdelaziz bin Salman. Estes são os dois maiores produtores do grupo.
Os preços do petróleo têm-se mantido relativamente estáveis após a anterior reunião, realizada em julho, com o barril de Brent, de referência na Europa, a negociar perto de 60 dólares.