Kelleher, Hoever, Van den Berg, Boyes, Gallacher, Chirivella, Christie-Davies, Kane, Elliott, Hill e Longstaff. Esta foi a equipa inicial que entrou em campo para um encontro a contar para os quartos da Taça da Liga inglesa. Esta foi a equipa do Liverpool que se deslocou a Birmingham para defrontar o Aston Villa. Esta foi a equipa mais nova de sempre dos reds numa partida oficial, com uma média de 19 anos e meio e um treinador diferente do principal (Neil Critchley, adjunto). Esta foi a equipa que não fugiu a uma espécie de “degola dos inocentes” frente a um adversário que não perdeu a oportunidade para ir com tudo e garantir uma vaga nas meias da competição.
Ao intervalo, os visitados já ganhavam por 4-0 com golos de Hourihane, Boyes (na própria baliza) e Kodjia (dois). Foi nesse período que Critchley recebeu uma chamada de Doha. Do outro lado estava Jürgen Klopp, o treinador principal. “Continuem a ser corajosos no jogo, continuem a jogar da forma como estão a jogar”, disse. Wesley Moraes, nos descontos, fechou o 5-0 final mas nem por isso a goleada mexeu com o que quer que fosse em relação à época do Liverpool que, perante o sucesso desportivo e o calendário denso, assumiu que a Taça da Liga seria uma prova para “deixar cair” por cruzar com o Mundial de Clubes. O treinador alemão que renovou recentemente até 2024 pode ter construído uma verdadeira máquina mas aqui não conseguiu fazer milagres.
⏰Liverpool have scored 7⃣ goals this season in the 90th minute or later
Qualified for their 6th Final under Jurgen Klopp pic.twitter.com/tO9SkQHmar
— Sky Sports Statto (@SkySportsStatto) December 18, 2019
O Mundial de Clubes, que sucedeu à Taça Intercontinental conquistada por duas ocasiões pelo FC Porto, é uma das poucas provas que o Liverpool nunca conseguiu conquistar: depois de, em 1978, Liverpool e Boca Juniors terem recusado jogar um contra o outro, os ingleses foram somando derrotas contra Flamengo (1981), Independiente (1984) e São Paulo (2005). Por isso, e como a máquina de Klopp parece agora estar de vez afinada para quebrar jejuns e marcos negativos, a prova que está a realizar em Doha era uma das prioridades da temporada a par da Premier League, depois da vitória na Liga dos Campeões. Nem por isso o alemão deixou de poupar algumas unidades habitualmente titulares na equipa. E teve mais dificuldades do que era esperado.
O Liverpool está na final do Mundial de Clubes pela 2.ª vez, depois de ter perdido frente ao ????????São Paulo em 2005
⚠Só uma equipa inglesa já venceu o campeonato do mundo de clubes: o Manchester United, em 2008 pic.twitter.com/cb35Avg3I5
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Sem Alexander-Arnold, Van Dijk, Wijnaldum, Firmino ou Mané (Fabinho, lesionado, não conta para esta prova), e com Milner e Henderson na defesa, o Liverpool entrou de forma dominante e demorou pouco mais de dez minutos a mostrar que muitas vezes os nomes podem não ser os mesmos mas as dinâmicas estão assimiladas por todos: Mo Salah recebeu bem de costas para a baliza, temporizou, viu a diagonal de Naby Keita a aparecer nas costas da defesa do Monterrey e fez a assistência para o 1-0 (12′). Pelas características que o jogo assumia e pela forma como foi desenvolvido o lance do golo inaugural, ainda houve uma ilusão de ótica de que poderia ser um passeio mas não demorou até essa visão transformar-se em miragem perante a reação forte dos mexicanos.
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Achieving a childhood fantasy is just 90 minutes away, @Alissonbecker…Full interview ????
????️ https://t.co/IrSro2uQcS#ClubWC pic.twitter.com/lhpSzSRmhg— FIFA (@FIFAcom) December 18, 2019
No seguimento de uma insistência após bola parada, o Monterrey conseguiu chegar ao empate através de Funes Mori, avançado que passou pelo Benfica (com poucas oportunidades curiosamente do técnico Jorge Jesus), que aproveitou um ressalto para desviar para a baliza de Alisson (14′). Voltava tudo à estaca zero mas com estados anímicos bem diferentes do arranque do encontro, com os mexicanos a conseguirem estabilizar o seu processo defensivo e a terem até duas das melhores oportunidades até ao intervalo com remates de Pabón (27′ e 38′) entre lances na área de Milner e Naby Keita que poderiam ter outra finalização para o Liverpool.
⏰ INTERVALO | ???????? Monterrey 1 – 1 Liverpool ????????????????????????????
⚽ 5-3 Remates
???? 2-2 Remates enquadrados
⚠️ 3-8 Faltas
???? 3-0 Foras-de-jogo
???? 31-69 % Posse#ClubWC#MONLIV pic.twitter.com/y8PMNGzc5G— GoalPoint (@_Goalpoint) December 18, 2019
A segunda parte começou com as mesmas características e Pabón a ser um perigo constante para a baliza dos reds, com dois remates perigosos que voltaram a ser travados da melhor forma por Alisson. No entanto, há uma grande diferença entre o Liverpool e quase todas as equipas do mundo na atualidade: com mais ou menos dificuldades, com maior ou menor inspiração, Klopp montou uma máquina com fiabilidade germânica e pontualidade britânica que nunca se atemorizou com o passar dos minutos e que, já com Alexander-Arnold, Mané e Firmino em campo, chegou à vantagem em período de descontos com um desvio oportuno do avançado brasileiro na pequena área, após jogada de Salah com cruzamento rasteiro de Alexander-Arnold (90+1′).
"Don't worry guys, give me five minutes"
????♂️ Roberto Firmino, @LFC's #ClubWC superhero pic.twitter.com/eB9OUDjib9
— FIFA (@FIFAcom) December 18, 2019
Desta forma, o Liverpool marcou presença no encontro decisivo do Mundial de Clubes, defrontando no próximo sábado (17h30) o Flamengo numa reedição da final da Taça Intercontinental de 1981 ganha pelos brasileiros (3-0). E se Klopp montou a tal máquina do tempo, Jesus vai desafiá-la para manter o seu espaço naquele que o próprio treinador português já assumiu ser o encontro mais importante da sua carreira de três décadas.
???? FINAL | ???????? Monterrey 1 – 2 Liverpool ????????????????????????????
"Reds" marcam final com o Flamengo ????
⚽ 14-11 Remates
???? 7-6 Remates enquadrados
???? 4-4 Cantos
⚠️ 7-13 Faltas
???? 3-2 Foras-de-jogo
???? 32-68 % Posse#ClubWC#MONLIV pic.twitter.com/5o86eX5nBN— GoalPoint (@_Goalpoint) December 18, 2019