Parece que foi ontem mas estávamos em 1966 quando Yves Saint Laurent lançou para o mundo o Le Smoking – um fato de casaco e calças para mulheres que lhes dava, ao mesmo tempo, feminilidade e poder. Numa altura em que ainda era controverso as mulheres usarem calças, um homem dispôs-se a desafiar todas as regras. Saint Laurent foi um ativista ativo pela libertação social das mulheres.

E o Le Smoking foi uma peça de rebelião, um grito de liberdade, um desafio ao status quo dominante da época que ditava uma linha firme e intransponível a separar os direitos das mulheres dos direitos dos homens.

O mesmo grito levou este camaleão da moda a tornar-se um dos nomes que mais impacto teve na forma como as mulheres são hoje. Nenhuma outra palavra define tão bem Yves Saint Laurent como “livre”. Sempre no limite, a experimentar, a quebrar fronteiras. Da maquilhagem aos perfumes  , a sua visão futurista e grandiosa culmina hoje – 2019 – em Libre, um perfume que se diria masculino mas que, tal como o Le Smoking, veste tão bem a mulher.

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Da moda aos perfumes que ficaram para a história

As peças de roupa nunca foram a única forma de Yves Saint Laurent vestir a mulher. E se pensarmos bem, o perfume é a última camada que usamos antes de sair de casa. É o toque final da pessoa que somos quando saímos para o mundo. Em 1964 o jovem Yves Saint Laurent criou a sua primeira fragrância – Y – uma expressão olfativa da elegância da mulher, inspirado na alta costura onde a letra Y representava o decote no vestido de uma mulher. E nunca mais parou. Para a história fica o icónico ano de 1977 onde, além do poder e da liberdade, Saint Laurent quis glorificar outra faceta da mulher – a sensualidade. Black Opium foi um fenómeno controverso.Não abordar deste modo “criticar” não é o termo. Chocante? , mais a sua procura aumentava e o perfume esgotou em horas. Tornou-se um perfume icónico, símbolo da sedução e que continua a reinventar-se até aos dias de hoje, vencedor de prémios e orgulhoso detentor do estatuto de perfume de coleção.

O legado de Saint Laurent mantém a sua reputação de criatividade fazendo jus ao contributo visionário que o estilista deu à moda e à perfumaria. “Estou consciente que fiz a moda progredir e permiti que as mulheres entrassem num mundo de liberdade que lhes era proibido até então”, disse em tempos. E depois de anos de luta pela emancipação, a liberdade é hoje um estado de espírito para as mulheres. Hoje temos o Le Smoking dentro de nós – podemos ser poderosas e femininas sem qualquer contradição. Temos a liberdade para ser tudo. E de um homem que passou a sua vida a promover a liberdade, 2019 foi o ano certo para essa palavra ganhar uma fragrância. Um novo floral sensual, pensado entre França e Marrocos, concebido entre o masculino e o feminino. Libre porque, em francês, não há palavra mais poderosa para definir as mulheres.

7 anos de criação e uma ode ao passado

Demoraram sete longos anos e mais de 1500 variações para chegar com precisão aos acordes exuberantes de Libre. Não misturar.. Todas as facetas do legado de Yves Saint Laurent ganham vida em Libre e culminam no maior luxo dos dias de hoje – a nossa liberdade – que, aqui, mistura um fougère, uma composição mais masculina, com a baunilha de Madagascar e a flor de laranjeira para realçar a feminilidade deste perfuma e dar-lhe uma intensidade ardente.

Libre chega-nos como um perfume moderno, arrojado, viciante e, ao mesmo tempo, uma clara ode ao passado. Só Yves Saint Laurent poderia colocar o Cassandre – um dos logos mais lendários do mundo da moda – virado ao contrário porque este é provavelmente dos poucos logótipos que consegue ser reconhecido em qualquer posição. O frasco espelha esta tendência masculina e feminina do perfume. As linhas geométricas de um fato, a extravagancia da altura costura com o Cassandre de grandes dimensões a cortar o vidro, as correntes douradas ao pescoço. Porque a mulher de hoje sente-se livre para usar correntes, desde que sejam douradas.

E liberdade é… Dua Lipa

A revista Time chamou-a de líder da próxima geração. E chamou muito bem. Dua Lipa é a maior voz da pop dos dias de hoje, a artista feminina mais ouvida em stream nos últimos dois anos e uma mulher que expressa tão bem os valores de Yves Saint Laurent. Arrojada, confiante e feminina, que entrou no mundo da música para quebrar barreiras e escrever as suas próprias regras. Como quando, um bebé no mundo da música, ganhou dois Grammys contra todas as expectativas dos veteranos. E Libre é sobre sermos nós próprias. Sobre arriscarmos. Sobre seguirmos os nossos sonhos.

“Porque nem toda a gente tem a sorte de poder expressar a sua liberdade da forma que deseja, especialmente as mulheres. Somos constantemente criticadas por fazer as coisas às quais temos direito. E esta fragrância é uma afirmação de esperança, é algo a que aspiramos”, disse Lipa em entrevista, após entrar para a família Yves Saint Laurent como rosto de Libre.

Sermos livres para viver, para amar, para escolher, para mudar, para experimentar, para chorar, para gritar, para voar. 2019 foi um ano que as liberdades foram postas à prova. O mundo em que vivemos está a mudar e enfrenta desafios que põe em causa tudo aquilo que conhecemos. Sermos livres hoje pode não ser o mesmo que sermos livros daqui a cinco anos. Só nos resta viver. E Libre representa isso mesmo – usarmos a nossa voz para quebrar barreiras. É um manifesto, uma assinatura, uma forma de dizer “não”.

Libre está disponíveis nas perfumarias a 66€ (30ml), 95€ (50ml) e 134€ (90ml).