775kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

A hora do Vitinha, que embala e acorda uma equipa que preferiu voltar a dormir (a crónica do Ac. Viseu-FC Porto)

Este artigo tem mais de 4 anos

FC Porto entrou a dormir mas Vítor Ferreira, ou Vitinha, mostrou que chegou a sua hora: jogou, fez jogar e assistiu para o golo de Zé Luís. A seguir, dragões adormeceram e o Ac. Viseu empatou (1-1).

Vítor Ferreira, o melhor em campo, assistiu Zé Luís no regresso aos golos do avançado cabo-verdiano dois meses depois
i

Vítor Ferreira, o melhor em campo, assistiu Zé Luís no regresso aos golos do avançado cabo-verdiano dois meses depois

Tony Dias/Global Imagens

Vítor Ferreira, o melhor em campo, assistiu Zé Luís no regresso aos golos do avançado cabo-verdiano dois meses depois

Tony Dias/Global Imagens

“Recordo com saudade e emoção os jogos do Académico de Viseu na 1.ª Divisão, que assisti ao vivo, sempre com o Estádio do Fontelo cheio de fervorosos e apaixonados adeptos. A presença na meia-final da Taça de Portugal que hoje o Académico começa a disputar, com estádio esgotado, é um momento histórico, que faz recordar o passado mas acima de tudo me leva a desejar que momentos e sucessos como este sejam cada vez mais o normal no futuro do Académico de Viseu. Que hoje seja um grande jogo e que o grande vencedor seja o futebol!”.

FC Porto empata em Viseu antes do clássico (1-1) e deixa meias da Taça de Portugal em aberto

Atual treinador do Bordéus, Paulo Sousa, antigo internacional português com passagens por Benfica (onde fez a última parte da formação após passagem pelo Repesenses) e Sporting e que fez grande parte da carreira lá fora entre Itália (Juventus, Inter e Parma), Alemanha (B. Dortmund), Grécia (Panathinaikos) e Espanha (Espanyol), não esqueceu as ligações à cidade onde nasceu na antecâmara do regresso do FC Porto ao Fontelo mais de 18 anos depois, num jogo que teve a curiosidade de marcar a estreia do sul-africano Benny McCarthy pelos dragões. Mas como em tudo, há sempre outras histórias em torno de qualquer jogo. E também aqui não foi exceção.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“O senhor Pinto da Costa mentiu-me na altura e continua a mentir. Chegou a acordo com o José Mourinho a 29 de dezembro de 2001. No dia seguinte, após uma vitória na Taça de Portugal em Viseu, recebi uma chamada a dizer ‘Ganhaste o jogo mas perdeste o lugar’. Tinha-me garantido que se saísse Mourinho não seria o substituto e que já tinha falado com o Fernando Santos, que estava na Grécia”, contou muitos anos mais tarde Octávio Machado, em entrevista ao Correio da Manhã, a propósito dessa goleada por 4-0 frente aos viseenses. Esta noite, uns dias antes do clássico que poderá ser decisivo no Campeonato, a história acabou por ser a forte aposta de Sérgio Conceição nos campeões europeus juniores do FC Porto. Em especial um: Vítor Ferreira.

“Renovei e disse que era o início de um sonho. Aqui está ele”: a estreia de Vítor Ferreira, mais um campeão europeu no FC Porto

Marega, que ficou de fora em Setúbal, foi a única “surpresa” na revolução do técnico azul e branco nesta primeira mão da meia-final da Taça de Portugal com o Ac. Viseu. Entre os titulares no Sado, sobraram apenas Mbemba, Wilson Manafá e Luis Díaz, com alterações em todos os setores da equipa e as chamadas dos campeões europeus Sub-19 Diogo Costa, Diogo Leite, Romário Baró e Vítor Ferreira, ou Vitinha (Fábio Silva começou no banco). Após a primeira presença no conjunto principal no jogo da Taça de Portugal com o Varzim no Dragão, o médio que renovou em novembro até 2024 deu boas indicações frente ao Gil Vicente também como suplente utilizado e ganhou aí a possibilidade de estreia no onze, como se confirmou agora no Fontelo.

Ficha de jogo

Mostrar Esconder

Ac. Viseu-FC Porto, 1-1

1.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal

Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)

Ac. Viseu: Ricardo Fernandes; Rui Silva, Pica, Mathaus, Lucas Silva; Kelvin Medina, Fernando Ferreira (Carter, 67′); João Oliveira, Luisinho (Bruninho, 90+4′), João Mário (Diogo, 90+7′) e Jean Patric

Suplentes não utilizados: Janota, Bruno Loureiro, Latyr e Filipe

Treinador: Rui Borges

FC Porto: Diogo Costa; Saravia, Mbemba, Diogo Leite,Wilson Manafá; Romário Baró, Vítor Ferreira, Loum, Luis Díaz (Nakajima, 64′); Marega (Soares, 73′) e Zé Luís (Corona, 73′)

Suplentes não utilizados: Marchesín, Marcano, Sérgio Oliveira e Fábio Silva

Treinador: Sérgio Conceição

Golos: Zé Luís (59′) e João Mário (70′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Loum (12′), Lucas Silva (84′), Romário Baró (84′) e Carter (90+2′)

“São jogadores tecnicamente fabulosos, raramente falham um passe. São muito inteligentes na maneira como leem o jogo, gostam de romper com bola no drible e no passe. É preciso muito caráter para chegar lá acima”, salientou Rui Barros, treinador da equipa B dos dragões, sobre Vítor Ferreira e Bruno Costa, que saiu por empréstimo no mercado de inverno. “É um jogador com muita qualidade, evoluído, acima da média até, e inteligente em termos de entendimento do jogo. Pode dar muita qualidade a uma equipa que goste de jogar um futebol apoiado e de ligação. Tem potencial para ser titular no FC Porto, mas vai ter de ir justificando”, sublinhou Mário Silva em entrevista ao jornal O Jogo sobre o seu antigo jogador, que descreveu como “mentalmente robusto”.

O médio de 19 anos é apontado como uma grande promessa entre os responsáveis do clube e demorou pouco mais de dois minutos para provar o que poderia acrescentar à equipa jogando como ‘8’, à frente de Loum: após receber a bola, virou-se para a baliza, picou a bola por cima da defesa contrária e isolou Marega que, com tudo para fazer o primeiro golo, tentou o chapéu ao lado. O Ac. Viseu, sempre com João Mário como principal referência nas saídas em velocidade que tentavam apanhar o conjunto azul e branco desposicionado, tentava também colocar os dragões em sentido mas o encontro caminhava com mais bola dos visitantes e o prémio do azarado para Diogo Leite, hoje capitão, que chocou com Zé Luís num lance aéreo e fez um corte na cabeça.

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do Ac. Viseu-FC Porto em vídeo]

A falta de velocidade condicionava todo o jogo ofensivo do FC Porto, que tinha um Zé Luís pouco presente, um Marega desastrado, um Romário Baró demasiado recuado e um Luis Díaz sem bola. Estava tudo sonolento, meio amorfo, anestesiado pelo frio que se fazia sentir. Aos 33′, Vítor Ferreira recebeu no meio-campo, procurou o passe longo mas a bola ficou entre Wilson Manafá e Luis Díaz e saiu para fora. O médio pediu desculpa mas não era por ele que se jogava assim. Aliás, era Vitinha que ia tentando acordar a equipa com variações rápidas de jogo, sem nunca se esconder da partida, a somar oito recuperações de bola só na metade inicial da primeira parte. Golos e oportunidades, essas, nada. E pertenceu ao Ac. Viseu o remate enquadrado com mais objetividade, de Fernando Ferreira de fora da área, para defesa segura de Diogo Costa. O intervalo chegava sem golos.

A segunda parte começou com uma ligeira melhoria do FC Porto, a começar com a capacidade de Luis Díaz em esticar jogo pela esquerda e, como não poderia deixar de ser, a influência de Vítor Ferreira na construção a partir do corredor central e na capacidade em chegar a zonas mais próximas da área, como aconteceu logo a abrir com um remate que saiu à figura de Ricardo Fernandes (50′). Aí ficou só a ameaça, pouco depois chegou mesmo o golo: quando era já de longe o jogador com mais passos certos entre os portistas, o médio recuperou uma bola a Fernando Ferreira, progrediu com posse controlada e assistiu Zé Luís para o primeiro golo, naquele que foi a quebra de um jejum que durava há dois meses com alguns problemas físicos pelo meio (59′).

O golo parecia dar outro conforto aos azuis e brancos, com Sérgio Conceição a aproveitar a vantagem para dar minutos de jogo a Nakajima no lugar de Luis Díaz tendo em vista também o clássico com o Benfica do próximo sábado. E também Corona e Soares já se iam preparando para irem também para o relvado. No entanto, na única oportunidade do Ac. Viseu no segundo tempo, Kelvin cruzou largo da direita para a área e João Mário, numa zona de ninguém entre Saravia e Mbemba, foi mais rápido a fazer o cabeceamento que valeu o empate (70′). Nakajima, com uma diagonal da esquerda para o centro, obrigou Ricardo Fernandes à melhor defesa da noite (77′) e Corona voltou a mexer no ataque (tendo ficado muitas dúvidas num lance onde pareceu tocado por Luisinho na área aos 90′) mas o FC Porto pagou caro ter voltado a adormecer na noite em que o FC Porto ganhou uma opção. Aliás, essa foi a única boa notícia no empate antes do clássico: Vítor Ferreira veio para ficar.

Assine a partir de 0,10€/ dia

Nesta Páscoa, torne-se assinante e poupe 42€.

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver oferta

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine a partir
de 0,10€ /dia

Nesta Páscoa, torne-se
assinante e poupe 42€.

Assinar agora