Quaden Bayles tem apenas 9 anos e já tentou suicidar-se, tal é o bullying a que tem sido sujeito na escola onde anda, no estado australiano de Queensland. O vídeo que a mãe postou esta semana no Facebook e que mostra Quaden lavado em lágrimas, a dizer que quer morrer — “Isto é o que o bullying faz”, ouve-se a voz de Yarraka Bayles, furiosa, por trás da câmara —, gerou uma onda de solidariedade mundial em torno do rapaz, que nasceu com acondroplasia um tipo de nanismo, que afeta em média um em cada 200 mil bebés. Por causa disso, tem sido vítima de um “bullying constante”.

O conterrâneo Hugh Jackman já lhe tinha dito, via Twitter, que era “seu amigo, sim”, agora foi uma equipa de râguebi inteira a chegar-se à frente para o proteger e apoiar.

Este sábado, em Gold Coast, cidade a sul de Brisbane, Quaden foi aplaudido pelos milhares de pessoas reunidas no Robina Stadium para assistir ao jogo, a contar para o campeonato australiano da modalidade. Foi ele, de mão dada com um jogador e bola debaixo do braço, quem liderou os Indigenous All-Stars campo adentro, para delírio da multidão. E se não deu sorte — os neozelandeses Maori Kiwis All-Stars ganharam, 30-16 —, chamou ainda mais a atenção para uma causa, a que dá a cara, mas não é só sua.

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Bullying: mãe partilha vídeo de filho a pedir para morrer na Austrália

Uma petição iniciada há apenas dois dias para angariar os 10 mil dólares necessários para enviar Quaden e Yakarra à Disneyland da Califórnia já vai em quase 460 mil dólares recolhidos. Cerca de 19 mil pessoas contribuíram. O excedente, apressou-se a garantir o organizador, será encaminhado para a causa anti-, através de várias instituições.