A PSP de Lisboa deteve 10 suspeitos reincidentes de tráfico de droga em operações distintas em Marvila e no eixo Intendente-Mouraria-Martim Moniz, tendo a obrigatoriedade de apresentações periódicas sido a medida de coação mais gravosa aplicada, foi esta segunda-feira anunciado.
Numa operação realizada na sexta-feira e no sábado para “neutralizar os focos de tráfico de droga” identificados na zona do Intendente, Mouraria e Martim Moniz, foram detidos cinco homens e uma mulher, entre os 21 e 50 anos. Segundo o comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa, o grupo estava em constante deslocação neste eixo, para dificultar a sua deteção por parte da PSP, e traficava assiduamente, “de forma altamente lucrativa, na modalidade de venda direta ao consumidor”.
Todos os suspeitos estão há muito conotados com a venda direta de estupefacientes ao consumidor final, […] tendo já sido detidos no passado pela PSP por factos desta natureza”, refere a polícia, acrescentando que foram apreendidos, nesta operação, cerca de 200 doses individuais de cocaína e cerca de 500 euros provenientes do tráfico.
Após primeiro interrogatório judicial, quase todos os suspeitos ficaram sujeitos a apresentações periódicas semanais ou bissemanais às autoridades, sendo que um dos detidos será presente a tribunal ainda esta segunda-feira.
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Na quinta-feira passada, uma outra operação com vista à repressão do tráfico de rua ocorreu em Marvila, devido ao “sentimento de insegurança por parte da população e de impunidade por parte dos prevaricadores”. Em várias buscas domiciliárias foram feitas quatro detenções por tráfico de droga e posse de arma proibida, com a apreensão de uma caçadeira de canos longos, uma soqueira, 45 doses de haxixe, 42 doses de heroína e 500 euros.
Os detidos, todos eles com histórico criminal, nomeadamente pelo crime de tráfico de droga, e prática de crimes violentos, alguns que resultaram em condenações efetivas e penas suspensas, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, sendo dois deles libertados. Aos outros dois foi aplicada a medida de coação de termo de identidade e residência”, refere o comunicado.
O termo de identidade e residência, a medida de coação menos gravosa, implica, além da identificação do detido e da indicação da sua residência, a obrigatoriedade de o arguido comparecer perante as autoridades sempre que notificado e de comunicar qualquer mudança de residência ou ausência por mais de cinco dias.
Na nota divulgada esta segunda-feira, o Comando Metropolitano de Lisboa dá ainda conta da detenção, no sábado, de um homem de 51 anos também suspeito de tráfico de droga. Este homem, sem histórico criminal, tinha na viatura cerca de 72 mil doses de heroína e 30.500 doses de MDMA, ficando em prisão preventiva após primeiro interrogatório, a medida de coação mais gravosa. A droga apreendida, “aparentemente em elevado estado de pureza”, destinar-se-ia à Grande Lisboa.