O filme “There is No Evil” do realizador iraniano Mohammad Rasoulof, proibido de deixar o país, ganhou este sábado o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim.
A equipa que trabalhou neste filme foi ovacionada na cerimónia de encerramento da 70.ª edição do festival, marcada pela ausência do realizador, já premiado em Cannes.
“Gostava que Mohammad estivesse aqui, mas infelizmente está proibido de deixar o território. Agradeço à equipa que pôs a vida em perigo para estar neste filme”, disse o produtor Farzad Pak, ao receber o prémio em nome do realizador ausente.
[o trailer de “There is no Evil”:]
O filme é sobre a pena de morte, um tema tabu no Irão, vista pelos executores e pelas famílias das vítimas, em quatro sequências distintas.
O festival distinguiu também com o grande prémio do júri “Never rarely sometimes always” de Eliza Hittman, uma obra sobre o aborto nos Estados Unidos.
O sul-coreano Hang Sang-soo foi premiado como melhor realizador pelo filme “The woman who ran”.
O ator italiano Elio Germano foi premiado pelo seu desempenho em “Hidden away” (“Volevo nascondermi”) e a atriz alemã Paula Beer foi distinguida pela sua interpretação em “Undine”.
O filme “A metamorfose dos pássaros”, da realizadora portuguesa Catarina Vasconcelos, foi distinguido na sexta-feira pela Federação Internacional de Críticos (FIPRESCI) no Festival de Cinema de Berlim.
“A metamorfose dos pássaros” é a primeira longa-metragem de Catarina Vasconcelos e foi considerada pelo júri FIPRESCI o melhor filme da secção competitiva Encontros.
Filme de Catarina Vasconcelos premiado pela crítica no festival de Berlim