A apresentação do Fiat 500 eléctrico, ou 500e a avaliar pelo logotipo, foi uma agradável surpresa. O facto de possuir uma plataforma própria e específica para veículos eléctricos a bateria trouxe as vantagens óbvias face à concorrência e até maiores do que se esperava. Daí os 320 km de autonomia num veículo tão pequeno e obviamente citadino.
Mas ainda o rebuliço causado pelo anúncio das características técnicas do simpático modelo italiano não tinha acalmado, já o CEO da Fiat, Olivier François, garantia que vem aí outro modelo eléctrico, o Panda a bateria. Para o CEO da marca transalpina, o Panda eléctrico já é conhecido de todos nós, uma vez que a base é o Fiat Centoventi, o concept car que foi revelado no Salão de Genebra do ano passado.
O Centoventi recorre à mesma plataforma do novo 500e, sendo mesmo possível que o construtor tenha adoptado uma maior distância entre eixos para este modelo, que é um quatro portas com quatro ou cinco lugares, ao contrário do 500e, que oferece apenas duas portas e lugares menos avantajados na traseira. Maior distância entre eixos é sinónimo de uma também maior capacidade de bateria, o que deixa antever autonomias mais generosas, caso a Fiat queira abrir mão em algumas versões do preço competitivo. Isto porque, apesar da redução de custos dos acumuladores, as baterias continuam a ser a peça mais caro de um eléctrico.
Olivier François afirmou ao Auto Express que o Centoventi está a ser desenvolvido, o que será um exercício relativamente rápido, uma vez que a plataforma é a mesma, ou seja, chassi, motores, suspensões e bateria. Falta apurar a estética, que não necessita de grandes mexidas face aos aplausos que recebeu no Salão de Genebra de 2019, com a Fiat a ter de decidir se pretende manter a inovadora solução que previu para as baterias do Panda eléctrico, ou seja, do Centoventi, em que o cliente poderia adquirir mais ou menos baterias, consoante as suas necessidades no momento.
