Portugal acordou esta manhã com a notícia de que o país tinha entrado em “estado de alerta” devido à rápida propagação do novo coronavírus pelo país. Às primeiras horas desta sexta-feira, por volta da 1h da manhã, cinco ministros anunciaram as 30 medidas que Portugal tomará numa tentativa de controlar este surto.
Antes da declaração do estado de alerta em todo o país, já se sabia do fecho das escolas. Depois veio o encerramento de discotecas e o limite do número de clientes nos restaurantes e centros comerciais. Em comunicado, o executivo diz que são medidas “extraordinárias e de caráter urgente de resposta à situação epidemiológica do novo coronavírus”.
Sucederam-se os comunicados de lojas a fechar mais cedo. Ginásios que não voltariam a abrir. Concertos cancelados. Jogos suspensos. E pedidos, muitos pedidos, para as pessoas ficarem em casa. Sobretudo para não irem para locais com gente e muito menos para a praia. Não foi bem o que aconteceu.
No Porto houve o habitual movimento nas principais ruas da cidade, no entanto a quantidade de pessoas a usar máscara aumentou substancialmente. Com a proibição da ida às praias tomada pela câmara municipal de Matosinhos, a Polícia Marítima teve de intervir retiras as pessoas do areal de Matosinhos (sempre de máscara no rosto).
Em Lisboa e Cascais, as ruas encheram-se de turistas como se de um dia normal se tratasse. Mas algumas lojas e cafés estavam já fechados e via-se muita gente de máscara na cara. E a Carris desinfectou todos os seus autocarros.
Os fotojornalistas do Observador andaram pelas ruas de Lisboa, Porto e Cascais para mostrar os efeitos do primeiro dia em que Portugal entra em “estado de alerta”.