Claus Porto Flores

Depois das cinco colónias inspiradas numa roadtrip por Portugal, a Claus Porto continua a viagem olfativa e desta vez vai até aos Açores. Água Flores é a mais recente novidade da marca centenária e, como não poderia deixar de ser, é uma fragrância feminina e floral, inspirada na ilha com o mesmo nome. A embalagem pintou-se de um rosa quase nude mas as flores na composição da fragrância são brancas: angélica, flor de laranjeira e jasmim, perfumadas com os cítricos limão, bergamota e tangerina. As chamadas notas de coração são improváveis: semente de cenoura, raiz íris e pimenta preta, sobre uma base de vetiver, sândalo, beijoim, fava tonka e camurça. Uma composição que pretende honrar ao mesmo tempo “a tradição floral de Portugal, do Atlântico” e o “toque exótico” de um arquipélago que foi “desde sempre uma base para a comercialização de especiarias, recebendo influências de todos os oceanos”, nas palavras da perfumista Lyn Harris. À semelhança das restantes colónias da coleção, Água Flores está disponível no frasco de 125 ml ou em vaporizador de viagem de 10 ml. Preço: 90€ (125 ml), 25€ (10 ml)

Herrera Confidential

No final do ano deixou de ser segredo. Herrera Confidential chegou em exclusivo ao El Corte Inglês de Lisboa, e com ela a coleção de perfumaria mais exclusiva da marca espanhola. A diretora criativa das fragrâncias é a própria filha da designer de moda, e até à data já há mais de uma dezena de lançamentos: seis perfumes, quatro óleos essenciais e ainda seis eau de toilette mais frescas – as que mais gritam primavera e verão. Da hortelã à rosa, passando pelo vetiver, a laranja, a bergamota e o jasmim, cada uma foi batizada de acordo com as suas notas principais e colorida em bonitos frascos translúcidos. E a melhor parte: todas são unissexo. Preço eau de toilette: 129,40€ (100 ml). À venda em exclusivo no El Corte Inglês de Lisboa.

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Aqua di Parma Signatures of the Sun

É um caso de longevidade. Lançada há mais de 100 anos, a Colonia Pura da Aqua di Parma nunca foi alterada e nunca deixou de se produzir. Nasceu para celebrar a Itália banhada pelo sol, com as notas de topo a serem dadas por aquilo a que a marca chama de “frutos de ouro”: limão, laranja e bergamota da Calábria. Com base nesta tradição, há quatro anos a marca lançou a linha Signatures of the Sun, cujos perfumes têm sempre por base a Colonia Pura de 1916, à qual é acrescentado um ingrediente principal que acaba por dar também nome à fragrância. E assim acabam de chegar quatro novidades: Yuzu, Camelia, Osmanthus e Sakura, todas a piscarem o olho à Ásia, região onde mais tem crescido o mercado de luxo. Yuzu é uma fruta rara japonesa, camélia é uma das flores mais populares na Ásia e osmanthus é uma flor chinesa que floresce apenas durante um dia. Já sakura é, nada mais, nada menos, a flor de cerejeira, um dos símbolos do Japão. PVP: 199,40€ (100 ml)

Louis Vuitton Heures d’Absence

E agora um momento de nostalgia, para falar do novíssimo perfume da Louis Vuitton, exatamente com o mesmo nome do primeiro lançado pela maison, em 1927. Nessa altura, Heures d’Absence era uma homenagem à casa de campo que a família Vuitton tinha na região Seine-et-Marne. Um avião aparecia gravado na garrafa e a caixa tinha a forma de um conta-quilómetros, numa referência aos novos meios de transporte que estavam a surgir nesses loucos anos 20 que era ao mesmo tempo um convite para viajar, literal e figurado. Quase um século depois, os anos 20 são outros, e também o perfume, desde o frasco minimal – imagem de marca de toda a coleção de fragrâncias femininas com o monograma LV – à composição, sendo que na verdade, segundo a marca, “ninguém sabe qual o aroma do perfume original, uma vez que a fórmula há muito se perdeu”. Jacques Cavallier Belletrud, o mestre perfumista da maison, reinventou a fragrância a partir do seu nome sonhador e interpretou-a como uma “exuberância de flores frescas, figuras alegóricas de felicidade, amor e escapadas”. Neste caso, jasmim (de Grasse e Sambac, da China), rosa, mimosa e ainda uns toques de framboesa. Preço: 210€ (100 ml) nas lojas Louis Vuitton; 130€ o refill.

Flower by Kenzo Poppy Bouquet

Se uma papoila não dura muito quando é apanhada do campo, o mesmo não se pode dizer do perfume que a Kenzo lançou há 20 anos, inspirado nesta flor. A fragrância comemora agora duas décadas de existência com uma série de novidades: quatro formatos que vão muito para lá do tradicional frasco – um stick iluminador, um creme de mãos, um leite de corpo e uma bruma para o cabelo – e ainda a nova eau de parfum Flower by Kenzo Poppy Bouquet. A papoila vermelha volta a marcar presença, mas desta vez num bouquet do qual fazem parte a rosa da Bulgária, o jasmim e a gardénia. Floral? Definitivamente, com um toque de madeira e ainda pera Nashi, numa homenagem às raízes japonesas da marca. PVP: 62€ (30 ml)

CK Everyone

Mais de duas décadas depois da criação original, a Calvin Klein continua a dar descendência ao icónico One. Em 2020, é a vez de Everyone fazer uma reinterpretação do aroma que marcou os anos 90, numa afirmação que denuncia, antes de mais, o seu caráter sem género. Cítrica e verde, com óleo orgânico de laranja, chá azul e notas de fundo de madeira de cedro, esta é mesmo uma fragrância para todos: homens, mulheres e, garante a lista de ingredientes, até vegans. O elástico à volta do frasco é mesmo para usar – e sim, está ali numa referência à famosa roupa interior da marca. PVP: 52,58€ (50 ml)

Guerlain Aqua Allegoria Flora Cherrysia

A coleção de águas frescas da Guerlain continua a somar novidades todas as primaveras, e a deste ano faz parte de uma coleção inspirada na flor das cerejeiras, “alvo de culto em toda a Ásia”. A marca não poupa nos adjetivos e descreve-a como uma fragrância “floral, cítrica, energizante, envolvente e que induz euforia”. Na base está a flor de cerejeira, sem surpresa, mas também pera Nashi  – mais uma piscadela de olho à Ásia – e almíscar branco. Preço: 75€ (75 ml)

Gucci Bloom Gocce di Fiori

O nome significa “gotas de flores” e serviu para batizar a versão mais leve do perfume Gucci Bloom, criado em 2017 pelo perfumista Alberto Morillas a partir das ideias do diretor criativo da marca, Alessandro Michele. Nesta quarta e mais recente variação, as “gotas de flores” pretendem fazer-nos viajar até aos primeiros dias da primavera, “etéreos e suaves como a chuva da estação”. Tal como o Gucci Bloom original, Gocce di Fiori é constituído por três flores principais – tuberosa, jasmim e trepadeira de Rangoon, originária da Índia – mas numa menor concentração. Daí ser uma eau de toilette e não eau de parfum, mais apelativa em dias quentes. PVP: 116,50€ (100 ml)

YSL Libre

Meio século depois de Yves Saint Laurent ter vestido as mulheres com Le Smoking, transformando uma peça masculina numa arma de empoderamento feminino, a casa francesa tentou recriar o momento num perfume. Libre chegou no final de 2019 para celebrar a liberdade e tem na sua base um fougère – uma composição olfativa tipicamente masculina – que se desdobra num floral feminino. Um casamento com vários intervenientes e várias proveniências: flor de laranjeira de Marrocos, lavanda do sul de França, baunilha de Madagáscar e ainda âmbar e tangerina. PVP: 66€ (30 ml)

Escada Flor del Sol

Não há verão sem edição limitada da Escada, e o próximo traz salero. Num tributo às férias, Flor del Sol inspira-se no México para apresentar uma fragrância frutada e com toques florais, onde não faltam umas notas de Tequila Sunrise para ajudar à festa. A dália é o ingrediente principal, ou não fosse considerada a flor mexicana, e a base amadeirada é de sândalo. PVP: 43€ (30 ml)

Miss Dior Rose N’Roses

As rosas de Grasse – uma espécie de capital dos perfumes, no sul de França – são o ingrediente principal do novo Miss Dior Rose N’Roses, um perfume floral cuja composição inclui também bergamota e tangerina – o que lhe dá um toque cítrico –, almíscar branco e essência de gerânio. “Não quis criar simplesmente uma rosa” diz o perfumista da maison, François Demachy, “mas sim a incarnação de uma profusão floral, renovar esta sensação de natureza poderosa, como quando era criança e vi pela primeira vez os campos floridos em maio.” As rosas usadas na fragrância são colhidas precisamente nesse mês, quando já estão abertas, e sempre à mão, para respeitar a sua delicadeza e ao mesmo tempo conseguir extrair a sua essência quando esta é mais poderosa. “A rosa é um clássico que fica bem com tudo”, lembra ainda o perfumista. E se o nome desta nova criação faz lembrar uma certa banda mítica dos anos 90, é mesmo porque depois da rosa vêm mais rosas – neste caso, à de Grasse juntam-se a rosa damascena, da Bulgária e da Turquia. PVP: 83,10€ (50 ml)