As palavras de fonte oficial do governo sul-coreano não confirmam a notícia da CNN nesta terça-feira, que dava conta de que Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte estaria em estado grave após uma cirurgia. À Yonhap News Agency (YNA), agência pública de notícias sul-coreana, um membro do governo afirma que “não tem havido sinais invulgares” no país vizinho e que “não se trata de um facto”.

O artigo publicado pela estação de TV norte-americana CNN recorre a fontes próximas dos serviços secretos norte-americanos, que garantem que os Estados Unidos estão a monitorizar a situação de perto e tenta traçar os passos dados pelo líder norte-coreano nos últimos dias. Parte de uma notícia publicada pela Daily NK, um jornal da Coreia do Sul que noticiou que Kim Jong-un terá sido alvo de um procedimento médico cardiovascular, relacionados com a obesidade e com o fumar em excesso.

Dados sobre a Coreia do Norte são normalmente difíceis de confirmar. Toda a informação sobre a figura máxima do regime é controlada ao pormenor. Neste caso, à intervenção cirúrgica ter-se-á juntado a ausência do líder norte-coreano da cerimónia de 15 de abril, data do aniversário do seu avô e fundador do país, Kim Il-Sung – a celebração política mais importante do regime.

A sua última aparição em público, de acordo com os meios de comunicação do regime, ocorreu a 12 de abril, numa inspeção de aviões militares e terá acontecido um dia depois de ter estado presente numa reunião importante a nível político.

Ainda que ninguém tenha negado, até agora, que Kim Jong Un passou por uma cirurgia, como diferentes fontes apontam, não há confirmação de que esteja gravemente doente, como refere a CNN. Além da agência sul-coreana YNA, é também a Reuters quem escreve sobre o assunto, recorrendo a fontes na Coreia do Sul e do Partido Comunista Chinês para minimizar as suspeitas.

A especulação em torno do estado da figura máxima da Coreia do Norte faz recordar o seu “desaparecimento” em 2014. Durante 40 dias, não houve sinais de Kim Jong-un, dando origem a uma torrente de questões sobre a sua deposição por parte de outras figuras políticas. As dúvidas terminaram quando surgiu de bengala na mão, com os meios estatais a defenderem que sofria de uma “condição física desconfortável”.

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