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Um teste negativo basta para os doentes não internados serem dados como curados. Pedidos de rastreio passam para centros de saúde

Este artigo tem mais de 3 anos

A conferência de imprensa deste sábado trouxe novidades em relação a testes e a um possível desconfinamento. A ministra da Saúde não deixou ainda de falar sobre o 25 de abril, este "menos leve".

Os pedidos de teste ao novo coronavírus passam, da linha Saúde 24, para a competência dos centros de saúde
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Os pedidos de teste ao novo coronavírus passam, da linha Saúde 24, para a competência dos centros de saúde

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Os pedidos de teste ao novo coronavírus passam, da linha Saúde 24, para a competência dos centros de saúde

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

A ministra da Saúde explicou que há uma mudança no critério para dar um doente como recuperado da Covid-19: no caso dos utentes que não estão internados, basta terem um teste negativo para serem dados como curados — sem necessidade de fazer um segundo, como acontecia habitualmente. No caso dos doentes que estão hospitalizados, mantém-se a regra dos dois testes.

Está livre de doença quem tenha tido os seus sintomas resolvidos, ultrapassados e simultaneamente tenha testado negativo para Covid-19. A diferença face à situação anterior, para doentes que não tenham tido internamento hospitalar este teste negativo é um teste negativo após 14 dias depois do início de sintomas — enquanto que para os doentes que tenham tido internamento, mantém-se o critério de dois testes negativos, com intervalo de 24 horas”, explica Marta Temido.

Ressalvando que todas as alterações feitas pela Direção-Geral da Saúde às normas que determinam como são tratados os doentes com Covid-19 em Portugal se baseiam em evidências científicas, normas internacionais, exemplos de outros países e na própria experiência adquirida, Graça Freitas acrescentou que a partir de agora os pedidos de teste ao novo coronavírus passam, da linha Saúde 24, para a competência dos centros de saúde.

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“Temos trabalhado na preparação de um eventual desconfinamento”

A ministra da Saúde anunciou também que “na última semana” tem sido levado a cabo “intensamente” um trabalho “na preparação de um eventual desconfinamento”. “No curto e médio prazo, não vamos erradicar a doença e temos de aprender a viver com a SARS-COV-2. Toda a agenda que está em construção, a preparação que está a ser feita, não significa que o problema está ultrapassado. Apenas começamos a antecipar a luz ao fundo do túnel, mas ainda não lá chegamos”, alerta.

Marta Temido diz ainda que um eventual desconfinamento “exige o respeito por todas as medidas de saúde pública” e “não significa um regresso à normalidade” — que “só será possível” quando houver uma vacina. A governante aponta ainda que “esta preparação e eventual aplicação será reavaliada e modificada em função da evolução das circunstâncias, sendo antecipável que o progresso se construa com avanços e recuos”. Há três critérios para um eventual desconfinamento:

  • “Critérios epidemiológicos que mostrem que a infeção se encontra controlada”;
  • “Critérios de capacidade de reposta do SNS que mostrem que os serviços têm capacidade de responder às necessidades, sejam elas Covid ou não Covid”;
  • “E critérios de vigilância que mostrem a resposta a testes, rastreios de suspeitos e isolamentos de casos”, explica Marta Temido.

Também a diretora-geral de Saúde alertou a população, face os exemplos de “desconfinamento” evidenciados um pouco por todo o País nos últimos dias, para a importância de “não abrandarmos o nosso nível de contenção”. “Mesmo que se venha mais para a rua porque o dito passeio higiénico também faz bem, temos de fazê-lo de forma regrada, de evitar ajuntamentos, não irmos todos para os mesmos sítios e criarmos sempre em relação às pessoas o célebre distanciamento social”, avisou.

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Nos “próximos tempos”, voltou a frisar Graça Freitas, vai ser essencial encontrar um “equilíbrio”: “Vamos ter de tentar manter a nossa saúde mental, tentar manter a sociedade e a economia a funcionar” sem “pôr em risco a saúde pública.”

“É um 25 de abril menos leve”. DGS diz que Assembleia da República “deu um exemplo”

“É um 25 de abril menos leve”, afirmou a ministra da Saúde, que levou um cravo para a conferência de imprensa, sobre o feriado que marca a queda da Ditadura do Estado Novo. Marta Temido fez ainda questão de assinalar a construção do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como uma conquista do regime democrático. “Quando o SNS, com o empenhamento insuperável de todos os seus profissionais, responde com eficácia a um quadro tão difícil, penso que se fez a prova de que tinham razão os que o construíram. Fica uma obrigação de o manter, de o melhorar como um pilar fundamental”. A ministra da Saúde considerou ainda que “não assinalar o 25 de abril seria admitir que viveríamos bem sem ele”.

Que fique claro que nós dizemos sempre que as máscaras podem e devem ser usadas em meios interiores, quando esses meios interiores não permitirem o distanciamento social. Nós estamos nesta sala e não estamos com máscara porque estamos a cumprir as regras de distanciamento”, exemplificou a diretora-geral de Saúde, quando questionada sobre a ausência de máscaras a proteger os rostos dos participantes na cerimónia desta manhã de celebração do 25 de Abril no Parlamento.

“O que a Assembleia da República hoje deu foi um exemplo de como se pode compatibilizar a comemoração de uma data importante para o nosso País com regras de controlo de infeção, com regras de segurança, com regras de proteção da saúde”, disse Graça Freitas, depois de elogiar o “excelente” plano de contingência da AR.

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“A retoma da atividade não Covid vai ser gradual”. Consultas não presenciais serão “estimuladas”

Sobre os cuidados de saúde que ficaram suspensos, Marta Temida adianta ainda que “vários hospitais iniciaram já a reprogramação da atividade suspensa e praticamente todos têm já um calendário definido para a retoma”. “A retoma da atividade não Covid vai ser gradual, faseada e em função do contexto epidemiológico da unidade de saúde”, detalha, lembrando que os utentes devem, de acordo com normas que a DGS irá anunciar, “realizar vigilância sanitária antes de terminados atos de saúde” e “os profissionais de saúde devem estar protegidos”.

Até ao final de março, explica a ministra, houve uma redução de cerca de menos 325 mil consultas de cuidados de saúde primários e menos 360 mil consultas de enfermagem nos cuidados de saúde primários. “Queremos estimular o recurso às consultas não presenciais, ainda mais e torná-las uma prática ainda mais comum”, disse. Marta Temido adiantou também que houve um decréscimo de cerca de 181 mil consultas médicas hospitalares e nove mil cirurgias. Mais: houve uma diminuição de 185 mil episódios de urgência.

Em comparação com períodos pós-greve vividos no ano passado, a ministra considera que “esta recuperação que aí vem vai ser muito mais penosa”, explicando que é preciso haver “maior espaçamento entre consultas” e “mais cuidados”.

A ministra da Saúde considerou que o SNS “tem garantido aos portugueses e às portuguesas um aspeto essencial que não existe no sistema privado por mais que se queira: a reposta em saúde pública”. “Porque a saúde pública, como não vende, como é uma resposta que está disponível apenas para aconselhamento geral, para o bem estar geral e não apenas para a satisfação de um indivíduo concreto, é uma garantia adicional”, disse Marta Temido, deixando uma homenagem aos profissionais de saúde.

A ministra da Saúde explicou que o contrato para aquisição de equipamentos de proteção individual, na sequência da pandemia, com a empresa FHC -Farmacêutica de mais de 19,6 milhões de euros, foi revogado por uma questão de “incumprimento do prazo contratual de entrega”. “Não é uma situação incomum. Um dos fornecedores de máscaras não respeitou o prazo de entrega das mesmas e houve uma revogação do contrato”, explica.

Sobre o projeto-piloto que o Instituto Ricardo Jorge está a preparar, para submeter a testes serológicos cerca de dois mil portugueses (entre os quais 300 crianças com mais de 10 anos), Graça Freitas alertou para o grande desconhecimento que a comunidade científica tem ainda sobre a questão da imunidade ao novo coronavírus. “Estamos a fazer um caminho de aprendizagem destes testes serológicos; sendo que à data nós não conseguimos, com segurança, interpretar estes resultados. Há presença de anticorpos, é suposto que exista, mas não sabemos ainda interpretar essa presença. Se são em quantidade suficiente, se essa quantidade é suficiente para dar proteção e se essa proteção vai durar durante muito ou pouco tempo…”, afirmou a diretora-geral, reforçando que ainda existe muito para a ciência descobrir no que à Covid-19 diz respeito.

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