Esta sexta-feira começa o mês de maio, é feriado e arranque de um fim de semana prolongado. No sábado, dia 2, à meia-noite, acaba o atual estado de emergência e apesar de todos os cuidados pedidos pelo governo, há muita gente a dizer ‘ufa’. E domingo é Dia da Mãe. Já sabemos que a partir de segunda-feira terminará o estado de emergência e entrará em vigor o estado de calamidade, mas mantêm-se as mesmas recomendações de confinamento no domicílio. E já fomos avisados para as várias proibições que serão aplicadas nesses dias, tal como foram na Páscoa. Mas, e este mas vai ser complicado de gerir, as temperaturas vão ser de verão. E perante o alívio do confinamento, a semana com menos um dia de teletrabalho e o sol a lançar o desafio há muito esperado, veremos como os portugueses conseguirão resistir e continuar em casa.
As temperaturas começam a subir logo sábado acima dos 20 graus e podem chegar aos 30 no domingo (e até acima disso nas zonas do interior, em especial no Alentejo). Em média, haverá uma subida global de mais dez graus em relação ao que tem sido registado nas últimas duas semanas.
A culpa é de um anticiclone que se aproxima da Península Ibérica e que porá fim ao clima instável e chuvoso que temos tido até aqui e que ainda se vai manter, com algum vento e até chuva. A partir desta sexta, ao anticiclone junta-se uma massa de ar quente tropical vinda de África que trará então um pequeno verão antecipado com avisos até para problemas de radiação solar muito elevada.
Evolución prevista por el modelo #HRES-IFS de temperatura y geopotencial a 850 hPa (unos 1500 m) para los próximos días. Una masa de aire cálida se desplaza desde Africa hacia la Península durante el fin de semana.
Episodio de #altastemperaturas????️ en los primeros días de mayo. pic.twitter.com/Lcum4jEJYh— AEMET (@AEMET_Esp) April 28, 2020
Mas, mesmo após seis semanas de isolamento e com o bom tempo a pedir tudo menos para ficar entre quatro paredes, infelizmente é o que vai ter de fazer, contentando-se com pequenos passeios. Não só porque estão proibidas as deslocações entre concelhos, as saídas a não ser por razões de força maior e as visitas a familiares que não as estritamente necessárias (mesmo sendo Dia da Mãe), como também porque se trata de uma medida de saúde pública. O bom tempo vai chegar, mas o vírus ainda está para ficar. E por mais que necessite de vitamina D ou simplesmente de esticar as pernas, o conselho das autoridades é claro: todos os cuidados são poucos. Os riscos de uma segunda vaga são reais e qualquer relaxamento nos no distanciamento social pode deitar tudo a perder.
E mais vale perder um fim de semana de sol, do que ter de voltar a ficar de novo todo o verão fechado em casa.