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Gráfico. Como evoluiu o "R" em Portugal desde fevereiro

Este artigo tem mais de 4 anos

Relatório do Governo mostra evolução do contágio da Covid-19 em Portugal. O número médio de pessoas contagiadas por cada infetado chegou aos 2,49 e desceu até aos 0,94. Agora está de novo acima de 1.

O gráfico inclui valores até 17 de abril e surge num relatório divulgado esta terça-feira pelo Governo
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O gráfico inclui valores até 17 de abril e surge num relatório divulgado esta terça-feira pelo Governo

O gráfico inclui valores até 17 de abril e surge num relatório divulgado esta terça-feira pelo Governo

O encerramento das escolas em Portugal e o anúncio de que o país iria entrar em estado de emergência provocaram quebras acentuadas no contágio da Covid-19 em território nacional, medido pelo valor do “R”, de acordo com um relatório feito pelo Governo e divulgado esta terça-feira, mas que ainda não inclui a recente subida daquele valor anunciada pela ministra da Saúde.

Estado de emergência acaba a 2 de maio, “mas não há facilitismo. Cada um dos pequenos passos vai ser avaliado permanentemente”

No “Relatório sobre a aplicação da 2.ª declaração do estado de emergência“, produzido pela estrutura de monitorização do estado de emergência e coordenado pelo Ministério da Administração Interna, lê-se que o valor do R (que representa o número médio de pessoas infetadas por cada doente) tem vindo a descer gradualmente desde o início do surto em Portugal.

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“A estimativa do R(t) variou entre 0,94 e 2,49, observando-se uma tendência de decréscimo desde o dia 12 de março (anúncio fecho das escolas), com quebras mais acentuadas em 16 de março (fecho das escolas) e 18 de março (anúncio do Estado de Emergência)”, lê-se no relatório, que apresenta um gráfico com a evolução deste indicador.

Gráfico incluído no "Relatório sobre a aplicação da 2.ª declaração do estado de emergência" divulgado esta terça-feira pelo Governo

O relatório inclui dados da evolução do valor do R entre 20 de fevereiro e 17 de abril, sendo que até ao dia 16 de março foi calculado o valor do “R0” (ou seja, a reprodução básica do vírus sem medidas de contenção implementadas) e a partir daí foi calculado o “Rt” (a evolução do número de reprodução em função do tempo). De 17 de abril até agora, segundo os dados mais recentes — ainda não incluídos no relatório —, o Rt voltou a subir, estando a cima de 1 na média nacional. Em termos regionais, sabe-se que, no Norte, está nos 1,01. Na região de Lisboa, subiu até aos 1,18.

O valor do R é um indicador essencial para o estudo da evolução de um surto epidémico, que “pode ser usado para medir a efetividade das medidas de contenção e atraso”, como explica o mesmo relatório do Governo. O valor é também fundamental para avaliar o momento mais adequado para o levantamento das restrições implementadas.

“R” volta a subir e ameaça regresso à normalidade. Que número é este e porque é tão importante?

Quando o valor do R se encontra acima de 1, significa que a epidemia continua a crescer e que o número de novos casos será superior ao número de casos atuais; por outro lado, se o valor do R se encontrar abaixo de 1, isto significa que a epidemia caminha para o seu fim.

Essa mesma conclusão é retirada pelo Governo no relatório divulgado esta terça-feira. “A média do R(t) para o período entre 12 e 16 de abril foi de 0,98, significando que, neste período, um caso infetado originou em média menos de 1 caso secundário, o que indica uma redução expressiva da transmissão da infeção desde a implementação das medidas de contenção em Portugal”, lê-se no relatório.

Os especialistas têm sido unânimes no entendimento de que as medidas de restrição só devem ser levantadas com o valor do R abaixo de 1 — ou seja, com a epidemia já em rota descendente. Mais concretamente, e à boleia do exemplo de países como a Noruega, os peritos têm apontado para o valor de 0,7 como um requisito mínimo para que se possa reabrir gradualmente a economia.

Porém, no último domingo, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou que o valor médio do R em Portugal, que há cerca de duas semanas estava estagnado em torno dos 0,9, havia subido para 1,04. Isto significa que, de acordo com os números mais recentes, o R está acima de 1 e a epidemia se encontra em crescimento em Portugal.

Peritos do Instituto Ricardo Jorge não concordam com levantamento de restrições. É cedo e ainda não há margem

Como o Observador já tinha noticiado na sexta-feira da semana passada, os peritos do Instituto Ricardo Jorge, responsáveis pelos cálculos estatísticos da evolução da Covid-19 em Portugal, consideravam que ainda era cedo para levantar as medidas de restrição — e diziam-no referindo-se ao valor de 0,9, por considerarem que não representava ainda margem suficiente para aguentar uma subida sem ultrapassar o valor de 1. Como se viu no último fim-de-semana, essa margem, que já era pequena, esgotou-se.

Esta terça-feira, à saída de uma reunião no Infarmed entre líderes políticos e especialistas, o Presidente da República confirmou que o estado de emergência não será renovado. Em declarações à saída do encontro, representantes de vários partidos apontaram o problema de o valor do R em Portugal continuar acima de 1, o que significa que a epidemia não está controlada. Em Portugal, já morreram 948 pessoas vítimas da Covid-19, num universo total de 24.322 infetados com o coronavírus.

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