A retoma das atividades presenciais na Universidade do Porto (UP) será “realizada faseadamente”, sendo que a “prioridade” é o restabelecimento das atividades de investigação e dos serviços de apoio aos estudantes, como as bibliotecas, avançou esta quarta-feira o reitor.
Numa mensagem dirigida à comunidade académica, António de Sousa Pereira afirma que com o levantamento do Estado de Emergência, anunciado para dia 2 de maio, a prioridade é o “restabelecimento das atividades de investigação e dos serviços de apoio aos estudantes”, tais como as bibliotecas e os serviços de atendimento ao público.
À Lusa, o gabinete de comunicação adiantou, no entanto, que o restabelecimento será definido por cada unidade orgânica e de investigação, quando reunirem e definirem condições para tal.
Na missiva, o reitor adianta que a Universidade do Porto vai providenciar máscaras de uso geral, dispensadores à base de álcool para a desinfeção das mãos, barreiras de acrílico para garantir o afastamento físico nos locais de atendimento e equipamentos para desmaterialização dos pagamentos.
Além disso, o acesso a salas de aulas e laboratórios será “condicionado”, por forma a assegurar o distanciamento físico, bem como implementado um plano de higienização regular de instalações e equipamentos.
No entanto, António de Sousa Pereira lembra que é “indispensável” que a comunidade académica siga “estritamente as recomendações das autoridades de saúde e as normas higieno-sanitárias em vigor”.
Paralelamente, serão privilegiados os métodos de ensino à distância, sendo que as atividades de ensino presenciais “ficam, até ao final do ano letivo, circunscritas a algumas aulas práticas ou laboratoriais”.
“Caso seja necessário, os exames finais também poderão realizar-se presencialmente, mas respeitando a distância física aconselhada, recorrendo a salas de dimensão apropriada, como auditórios ou até pavilhões gimnodesportivos”, avança o reitor.
Também no que concerne aos colaboradores, a instituição vai também privilegiar a realização das atividades à distância, “especialmente no caso dos grupos de risco”, bem como a realização de reuniões e provas por “meios telemáticos”.
“Os membros da comunidade académica cujas funções sejam compatíveis com o regime de teletrabalho devem prosseguir nesta modalidade laboral”, aconselha António de Sousa Pereira, na missiva.
Por forma a preparar a retoma das atividades, o reitor determinou a criação de um grupo de trabalho, constituído por estudantes, docentes, investigadores, trabalhadores não docentes e especialistas em saúde pública, que vão estar disponíveis para responder às questões da comunidade académica numa videoconferência, programada para a próxima terça-feira, dia 5 de maio, às 10h30.
“Esta será mais uma forma de envolver a comunidade académica no processo decisório, como tem sido a nossa prática no decorrer desta pandemia”, conclui António de Sousa Pereira.
Portugal contabiliza 973 mortos associados à Covid-19 em 24.505 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado esta quarta-feira.