O Sindicato dos Jogadores saiu este domingo a público em defesa do plantel do Leixões, para negar que aqueles futebolistas se tenham oposto ou condicionado a negociação com a administração leixonense antes do recurso por esta ao lay-off simplificado.

“A decisão de ir para lay-off não foi de último recurso, foi tomada unilateralmente, sem conhecimento prévio dado aos jogadores ou ao Sindicato. A postura dos jogadores tem sido irrepreensível e não é verdade que a Leixões SAD tenha querido negociar previamente outra solução”, refere o comunicado do sindicato.

O Sindicato dos Jogadores acusa a SAD leixonense de ter “promovido com o grupo de trabalho, e posteriormente com alguns jogadores, uma atitude de divisão e perseguição e, por isso, apesar dos esforços do Sindicato, à semelhança de outros casos, não foi possível chegar a um entendimento”.

“Um dos problemas por resolver, facilmente demonstrável, está relacionado com a emissão dos recibos mensais dos jogadores. Em causa está a declaração de parte do salário como ‘kms’ (ajudas de deslocação), pelo que foi legitimamente pedida pelos jogadores visados a retificação e informada a autoridade tributária”, acrescenta o comunicado.

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Por outro lado, “nada justifica a publicação na rede social Facebook de recibos de vencimento de jogadores, em grosseira violação do dever de confidencialidade resultante do contrato de trabalho desportivo e da proteção dos seus dados pessoais”, situação que legitima a ação por todos os meios legais à sua disposição, para exigir a reparação dos danos causados”.

O Leixões, da II Liga de futebol, avançou no início de abril para o lay-off simplificado, em reação aos previsíveis efeitos financeiros da pandemia de covid-19.

Sem competição desde 9 de março, vários clubes portugueses optaram por negociar com os respetivos planteis reduções salariais como forma de minimizar a ausência de receita ditada pela falta de jogos.