Foi uma das primeiras comissões de proteção de menores e pessoas vulneráveis a ser criada no seio da Igreja e já recebeu duas queixas por alegados abusos sexuais por parte de dois membros da Igreja, avança o Jornal de Notícias na edição desta terça-feira. Trata-se da comissão da arquidiocese de Braga e os primeiros resultados desta recém-criada comissão para ajudar a denunciar os abusos ocorridos foram anunciados àquele jornal pelo bispo auxiliar, D. Nuno Almeida.

Segundo o Jornal de Notícias, uma das queixas diz respeito a um sacerdote que até há pouco tempo exercia funções num importante órgão da Cúria Diocesana. Esta está em fase de investigação. A outra diz respeito a alegados abuso cometidos por um pároco que já morreu há alguns anos, sendo que deve ser arquivada.

Entre as 20 dioceses portuguesas, que deveriam criar comissões para este efeito, apenas a de Braga reportou queixas de abusos, e há pelo menos seis que ainda não têm registos públicos da criação de qualquer tipo de comissão deste género.

Trata-se de uma orientação do Papa e da Conferência Episcopal Portuguesa, que fixou junho como data limite para a constituição deste tipo de comissão de proteção de menores em todas as dioceses. Com o prazo final a aproximar-se, pelo menos as dioceses de Beja, Guarda, Viana do Castelo, Viseu, Coimbra e Setúbal não têm qualquer registo de ter criado uma comissão para o efeito.

São portanto 14 as dioceses que têm as comissões constituídas, sendo que, segundo o JN, nenhuma mais, além da de Braga, deu conta publicamente da existência de quaisquer denúncias de abusos sexuais cometidos.

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