Já são conhecidos os nove estádios que estão autorizados a receber as restantes dez jornadas da Primeira Liga. Em comunicado, e na sequência das visitas das Autoridades Regionais de Saúde a 15 estádios candidatos a receber jogos, a Federação e a Liga Portugal informaram que são então nove os recintos que já receberam luz verde por parte da DGS:
— Cidade do Futebol
— Estádio D. Afonso Henriques (V. Guimarães)
— Estádio do Dragão (FC Porto)
— Estádio João Cardoso (Tondela)
— Estádio José Alvalade (Sporting)
— Estádio do Marítimo (Marítimo)
— Estádio Municipal de Braga (Sp. Braga)
— Estádio do Sport Lisboa e Benfica (Benfica)
— Portimão Estádio (Portimonense)
No mesmo comunicado, Federação e Liga ressalvam que os restantes seis estádios serão alvo de uma nova vistoria depois de um conjunto de correções indicado pela DGS — ou seja, seis estádios que ainda podem também acabar por receber o aval das autoridades de saúde se corrigidos os problemas identificados. São eles o Estádio do Bonfim (V. Setúbal), o Estádio Capital do Móvel (P. Ferreira), o Estádio Cidade de Barcelos (Gil Vicente), o Estádio do Clube Desportivo das Aves (Desp. Aves), o Estádio do Bessa (Boavista) e o Estádio dos Arcos (Rio Ave).
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Ora, o facto de o Estádio Cidade de Barcelos ainda estar sujeito a correções levanta um problema: já existia um acordo prévio entre Gil Vicente e Famalicão para que este último ali disputasse os jogos em casa, ciente de que o Estádio Municipal 22 de Junho não cumpre os requisitos da DGS. Se o Cidade de Barcelos acabar por não passar na vistoria, o Famalicão terá de arranjar outra solução. Além disso, salta também à vista a inclusão do Estádio do Bessa nos recintos sujeitos a segunda avaliação — construído em 2004 para o Europeu, assim como Alvalade, Dragão, Luz, D. Afonso Henriques e Municipal de Braga, esta reprovação inicial do estádio do Boavista deixa perceber que o recinto estará em más condições de manutenção, assim como acontece com o Dr. Magalhães Pessoa de Leiria, também edificado há 16 anos.
Também de fora, como já se previa e a par do recinto do Famalicão, ficam o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, com o Moreirense a jogar no D. Afonso Henriques, e o Estádio de São Miguel, com o Santa Clara a jogar no continente e na Cidade do Futebol, em Oeiras. Além dos três estádios destes clubes, também o Belenenses SAD, que disputava os jogos em casa no Jamor, já sabia que não poderia jogar no Estádio Nacional e que vai por isso também receber os adversários na Cidade do Futebol. De recordar que, pelo mesmo motivo, a final da Taça de Portugal também não será disputada no Jamor, com Benfica e FC Porto a discutirem o troféu provavelmente em Aveiro ou no Algarve.
O comunicado desta quarta-feira confirma ainda a informação adiantada por Carlos Pereira, presidente do Marítimo, ao longo desta semana: o Marítimo vai mesmo jogar em casa e os clubes terão de se deslocar à Madeira para defrontar os insulares, algo que vai obrigar a custos adicionais com voos charter (entre os 40 e os 50 mil euros), à procura de um hotel que cumpra todos os requisitos necessários e ainda à viagem das equipas com as equipas de arbitragem no mesmo voo, algo que não agrada a toda a gente.
Já esta semana, o presidente do Desp. Aves tinha garantido que o clube iria impugnar a atual temporada da Liga se não pudesse jogar em casa. “Vamos de certeza impugnar o campeonato. Não admitimos ter de jogar fora da Vila das Aves. O campeonato tem de ser igual para todos. A regulamentação tem de ser cumprida”, disse Armando Silva, que também é administrador da SAD, ao Record. Ainda assim, Wei Zhao, outro dos administradores da SAD, rebateu esta opinião e defendeu que “os jogadores irão entrar em campo para acabar o campeonato” mesmo se o clube não puder jogar em casa.