No ano letivo passado, 46.644 alunos do 1.º ciclo não tiveram qualquer atividade extracurricular, um número representa que quase 15% do total de estudantes. Na maioria dos casos, são os próprios pais que decidem não colocar os filhos nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC), uma opção oferecida pelas escolas, refere a edição desta segunda-feira do jornal Público (sem link).

Estes dados, publicados no mês passado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência com base num inquérito feito junto das escolas públicas, consultados pelo Público, mostram que o número de crianças inscritas nas AEC tem vindo a descer nos últimos anos. No ano letivo de 2015/2016, 87,9% dos alunos estavam inscritos; hoje são 85,4% as crianças que frequentam as AEC. As atividades extracurriculares são de oferta obrigatória pelas escolas, mas a sua inscrição é voluntária.

Ouvida pelo Público, a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) aponta a falta de qualidade de algumas das ofertas como a principal causa desta descida. Segundo o seu presidente, Jorge Ascensão, muitos encarregados de educação dizem que estas atividades “não servem para nada”. Já Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamento e Escolas Públicas, afirma ao jornal que “em muitos casos, os pais preferem ir buscar os filhos e levá-los para casa ou para o ATL” do que mantê-los na escola.

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