Portugal contabiliza até agora 31.946 casos confirmados de Covid-19, o que revela uma subida de 350 novos casos nas últimas 24 horas. Um aumento de 1,1% na evolução do número de casos, ligeiramente superior ao identificado no boletim anterior mas que representa a maior subida desde o dia 8 de maio — dia em que se registaram 553 novas infeções.

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a que mais cuidados inspira, com 323 novos casos, ou seja, 92,3% do total de novas infeções identificadas no país. Loures, Lisboa e Sintra são os concelhos que vão à frente na tabela, todos eles com mais de 30 novos casos registados nas últimas 24 horas.

Quanto ao número de óbitos, este foram 14, mais um do que no dia anterior, o que remete para uma subida que se mantém na ordem dos 1%. O total de vítimas é agora de 1.383.

Também os casos recuperados subiram :1,5% (menos 0,1% do que no boletim anterior), com 274 pessoas consideradas curadas da Covid-19.

A análise do Relatório da Direção Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica em Portugal desta sexta-feira, dia 28 de maio, pode ser feita através de vários pontos distintos.

Maioria das vítimas com mais de 80 anos

O aumento diário de casos foi o mais alto desde o dia 8 de maio. Os 350 casos confirmados de quinta para sexta-feira representam uma subida percentual de 1,1%, variação superior à de ontem (mais 304, mais o,97%) e que coloca o número total de infetados nos 31.946. Contabilizam-se 14 novos óbitos, fazendo o total subir para 1.383, o que traduz um aumento de 1% (igual ao dos dois dias anteriores). Por sua vez, os casos recuperados voltaram a subir, com mais 274 (mais 1,5%, total de 18.911), mas ligeiramente abaixo dos números da véspera (mais 1,6%, mais 288). A taxa de letalidade global mantém-se nos 4,33%, a mesma dos dois dias anteriores. A taxa de letalidade entre pacientes com mais de 70 anos está nos 16,9%.

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Dos 14 novos óbitos registados nas últimas 24 horas, dez tinham mais de 80 anos, passando o total de mortes nesta faixa etária a ser de 929. As restantes mortes dividiram-se pelas faixas etárias dos 70 e 79 anos (mais uma, total de 270), dos 60 aos 69 anos (mais duas, total de 124) e dos 50 aos 59 anos (mais uma, total 43). Do total, 11 eram homens, três eram mulheres. O número de vítimas mortais com menos de 50 anos continua a ser 17: 15 na faixa etária entre os 40 e os 49 anos, uma entre os 30 e os 39 anos e outra entre os 20 e os 29 anos.

Norte com mais mortes do que Lisboa e Vale do Tejo

No que toca aos novos óbitos, a região Norte continua à frente com oito das 14 mortes registadas nas últimas 24 horas. Em Lisboa e Vale do Tejo, seis pessoas sucumbiram ao novo coronavírus, segundo o último relatório. Nenhuma das outras regiões do país registou novos óbitos no período referido. A Madeira continua a não contabilizar nenhuma vítima mortal.

Do lado dos novos casos, a distribuição é bem menos equilibrada. Só a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra 92,3% dos novos casos (323 dos 350 identificados), um crescimento de 3,1% face ao dia anterior. O total de casos na região sobe agora para 10.643. A região Centro continua a vir logo a seguir, apesar de com larga distância. São 18 novos casos, aumento de 0,5%, o mesmo que no dia anterior. Esta região do país registou 38 novos casos nos últimos dois dias, número superior aos contabilizados na semana entre 20 e 27 de maio (35). Há ainda a reportar sete novos casos na região Norte, que apresenta agora um crescimento de 0%, e dois no Alentejo.

Faixa etária entre os 20 e os 29 anos com maior número de infeções

O grupo etário entre os 20 e os 29 anos continua a ser o que maior número de novos casos apresenta, no total 64, um a menos do que no dia anterior, ainda assim. De 57 para 62, as novas infeções também aumentaram entre pessoas com idade entre os 30 e os 39. Uma fatia de 23% dos novos casos representa pessoas com mais de 70 anos. Vinte dos novos casos são crianças com idades até aos nove anos.

Internamentos com maior crescimento desde 7 de maio

De acordo com o relatório diário da DGS, o número de casos internados sofreu um crescimento assinalável, o maior desde dia 7 de maio, quando se anunciaram 36 novas camas ocupadas. Agora, são 529 os pacientes hospitalizados, mais 17 dos que no dia anterior. O aumento foi de 3,3%. Depois de uma diminuição no dia anterior, esta sexta-feira há mais uma cama de Cuidados Intensivos ocupada, num total de 65 pacientes a receber cuidados especiais. O crescimento é de 1,5%.

Concelhos de Lisboa e Vale do Tejo lideram novos casos

Depois de um decréscimo no dia anterior, o número de pessoas a aguardar o resultado do teste à Covid-19 voltou a aumentar. São à data 1.568, mais 258 do que no boletim anterior, o que traduz um crescimento de 19,7%. Os casos suspeitos aumentaram em 0,8% (total de 321.290), os casos não confirmados cresceram 0,7% e as pessoas sob vigilância das autoridades de saúde aumentaram em 1,3% (total de 27.917).

Os concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo continuam a registar os maiores aumentos no que toca aos novos casos. Hoje, o maior aumento continua em Loures, com 48 novos casos (total de 982, ontem tinham sido 40). Lisboa vem a seguir (mais 34, total de 2.324), Amadora (mais 29, total de 782), Odivelas e Seixal (mais 16 em cada concelho, totais de 522 e 359, respetivamente), em Oeiras (mais 12, total de 412) e em Almada (mais 10, total de 375).

Tosse e febre continuam a ser os principais sintomas. Os sintomas apresentados entre os casos de testes positivos (com informação respeitante a 91% desses casos) mantêm-se praticamente inalterados em relação aos últimos dias, com maior preponderância de tosse (40%) e febre (29%), seguidas de dores musculares (21%) e cefaleias (20%). Fraqueza generalizada (15%) e dificuldades respiratórias (12%) são os sintomas com menor taxa de incidência.