O Governo alemão entende que não faz sentido perseguir uma redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) e incentivar a venda de modelos menos poluentes e, simultaneamente, não exercer alguma pressão sobre os condutores que se deslocam em veículos mais poluentes. Daí que, quase em simultâneo com a subida das ajudas estatais para os veículos eléctricos, o Executivo de Angela Merkel tenha decidido que os carros mais potentes deveriam pagar (uma parte) da factura.
De acordo com a Reuters, a nova taxa está prevista entrar em vigor já no início de 2021, incidindo sobre todos os veículos que ultrapassem os 195g de CO2 por quilómetro, a fasquia imposta pelo Ministério das Finanças. Isto equivale a um motor a gasolina que anuncie 7,9 litros/100 km, ou um diesel até aos 8,5 l/100km, o que essencialmente incluirá os motores com 6 e 8 cilindros.
Os veículos mais penalizados por esta nova medida serão os SUV, mais pesados e menos aerodinâmicos, logo com consumos e emissões superiores, bem como os desportivos, equipados com mecânicas mais possantes. Curiosamente, uns e outros são aquilo que diferencia a indústria automóvel alemã, que lidera na oferta deste tipo de modelos.
No extremo oposto encontram-se os veículos eléctricos que, na Alemanha, estão livres de impostos até 2030.