Portugal foi considerado pelo Our World in Data, uma ferramenta da Universidade de Oxford, um dos países da Europa com medidas mais restritivas contra a Covid-19. A 22 de junho, numa escala de 0 a 100, Portugal obteve uma pontuação de 71,3. O país com medidas mais restritas é a Moldávia, com 80,56 pontos.
Este índice é “uma medida composta, baseada em nove indicadores de resposta“: fecho de escolas, modalidade de trabalho (presencial ou remoto, por exemplo), permissões de eventos públicos, regras de ajuntamentos, fecho de transportes públicos, confinamento, controlo das viagens internacionais, políticas de testagem e rastreamento de contactos.
Os dados da Universidade de Oxford sugerem que o país só é ultrapassado pela Irlanda (72,2), Reino Unido (73,2), Rússia (74,5), Chipre (79,6) e Moldávia(80,6). No entanto, alguns países não foram avaliados, como Espanha, Luxemburgo ou Suécia, por exemplo.
O período em que o país viveu debaixo de medidas mais apertadas foi entre 9 e 13 de abril e, mais tarde, entre 1 e 3 de maio. Ambas os intervalos dizem respeito a momentos em que o Governo impôs restrições de movimentos entre concelhos em todos o país — no primeiro caso por altura da Páscoa e, no segundo, durante o fim de semana grande do 1º de Maio.
O gráfico da Universidade de Oxford também demonstra como as medidas de restrição foram aliviadas a 4 de maio — a pontuação de Portugal passou de 87,96 para 75 na entrada na primeira fase de desconfinamento — e a 18 de maio — quando a pontuação desceu para 71,3. Mas a 1 de junho, na entrada da última fase de desconfinamento, a avaliação de Oxford manteve-se a mesma.
A ferramenta sublinha em nota de rodapé que este gráfico “regista o número e o rigor das políticas governamentais”, mas “não deve ser interpretado como pontuando a adequação ou eficácia de um resposta do país”. Além disso, o balanço da Our World in Data é nacional e reflete necessariamente medidas mais restritas locais como as que foram impostas na região de Lisboa e Vale do Tejo.