A Ikea Portugal vai devolver 500 mil euros ao Estado, um montante que foi concedido no âmbito das medidas para travar o impacto da pandemia de Covid-19, confirmou fonte oficial da cadeia sueca esta segunda-feira à Lusa.

“O valor, incluindo apenas salários, é de 474 mil euros”, indicou, em resposta à Lusa, fonte oficial da Ikea Portugal, explicando que a este montante acresce o referente à devolução da isenção de contribuições, perfazendo 500 mil euros.

Porém, este valor corresponde “apenas à componente de salários”, notou a mesma fonte, sem precisar se o montante total poderá ser superior.

Apesar de não avançar uma data para a devolução dos apoios, fonte da empresa sublinhou que as equipas de recursos humanos da Ikea Portugal e os técnicos da Segurança Social estão em contacto “para agilizar essa situação assim que possível”.

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Em 13 de junho, o Financial Times avançou que o grupo Ikea estava em negociações com os governos de nove países, incluindo Portugal, para a devolver os apoios concedidos no âmbito das medidas para mitigar o impacto da Covid-19.

Citado pela mesma publicação, o responsável pelas operações de retalho do Ingka Group, principal retalhista da Ikea, Tolga Oncu, disse que o grupo iniciou conversações com a Bélgica, Croácia, República Checa, Irlanda, Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha e Estados Unidos.

De acordo com o mesmo responsável, o grupo previa, inicialmente, uma quebra nas vendas entre 70% e 80% devido à pandemia de Covid-19, mas a procura registada após a reabertura das lojas tem permitido mitigar o impacto, optando assim a cadeia sueca de mobiliário por devolver os montantes em causa.

Na mesma altura, fonte oficial da Ikea Portugal disse à Lusa que estava a ser estudada a melhor forma para proceder à devolução dos apoios.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 534 mil mortos e infetou mais de 11,47 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal morreram 1.620 pessoas das 44.129 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.