O ministro da Ciência e Tecnologia, Manuel Heitor, afirmou esta quinta-feira que haverá uma redução do número de estudantes em programas de mobilidade como o Erasmus, devido à pandemia de Covid-19.

Se a Europa foi afetada do ponto de vista positivo pelo movimento Erasmus, sabemos que esse processo está particularmente afetado em resultado da pandemia”, disse Manuel Heitor, que discursava nas comemorações do 40.º aniversário do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), notando que haverá “níveis de redução particularmente drásticos na mobilidade das pessoas”.

Questionado pela agência Lusa, no final da cerimónia, o ministro referiu que apenas em outubro será possível aferir “o impacto certo” da pandemia na redução do número de estudantes ao abrigo de programas de mobilidade no ensino superior.

Relativamente ao próximo ano letivo, o ministro voltou a frisar que o ensino nas universidades e politécnicos será de base presencial, considerando que “a questão crítica não será o que se passa nas salas de aula”.

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Para Manuel Heitor, os pontos críticos serão “os ajuntamentos nos transportes públicos nos centros urbanos e, obviamente, nas zonas de convívio”.

Segundo o governante, esta situação vai exigir uma “responsabilização muito grande – mais do que dentro das instituições – em tudo o que é o acesso e todas as zonas de convívio e áreas livres onde é normal haver ajuntamentos”.

De acordo com Manuel Heitor, é fundamental “combater-se o medo”, considerando que as instituições de ensino superior e científicas “são aquelas que estão mais bem preparadas para ensinar os jovens e a população a aprender a viver e a conviver com o vírus”.

Espera-se uma atitude proativa e responsável”, acrescentou.

No decorrer da cerimónia, o presidente do IPC, Jorge Conde, vincou a importância “das atividades presenciais”, considerando que a instituição irá assimilar alguns processos assumidos durante a pandemia, mas outros “devem voltar à casa de partida, mantendo-se como os conhecíamos”.

“Entendemos que a principal missão do ensino superior, que é ensinar, deve ser feita de forma presencial para os jovens do 1.º ciclo, acabados de chegar do ensino secundário”, defendeu Jorge Conde.