Já tinha alcançado a melhor série sem derrotas da história do Rio Ave (nove, igualando o que Mourinho Félix, pai de José Mourinho, tinha atingido no passado), superou o número de pontos feito como visitante na Primeira Liga, bateu o recorde de pontos no total num só Campeonato. Até sábado, Carlos Carvalhal já tinha feito quase tudo em Vila do Conde mas ainda havia espaço para, num final emocionante e com reviravoltas pelo meio à espera do que ia sair da Madeira entre Marítimo e Famalicão, celebrar também o quinto lugar e o consequente apuramento para as competições europeias. Ficar no clube não era uma opção e o técnico disse apenas que ia hibernar.

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“Claro que estou satisfeito, nunca na vida tive tantas oportunidades em mão. Tenho várias, em Portugal, em Inglaterra e noutros países, é melhor não falar. Estou muito feliz com isso. É também, no fundo, a repercussão de uma época de grande qualidade. Querem que transporte o conceito do Rio Ave para esses clubes. Vou hibernar, depois vou falar com as pessoas à minha volta e ver o que vai acontecer”, defendeu, dizendo ainda que não tinha recebido nenhuma proposta em concreto do Flamengo mas admitindo de forma indireta que sabia que estava numa short list de possíveis sucessores de Jorge Jesus, o que levou a que os dirigentes dos rubro-negros passassem por Portugal. A decisão está tomada: o outro lado do Atlântico pode esperar e, aos 54 anos, Carlos Carvalhal decidiu regressar à casa de partida onde fez a formação e também a estreia como sénior.

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O acordo foi alcançado esta segunda-feira e o treinador deverá ser apresentado entre hoje e amanhã, numa altura em que muitas outras equipas da Primeira Liga estão também a ultimar a contratação de novos treinadores.

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Depois de uma carreira iniciada nos arsenalistas e que teve mais passagens pelo Minho além de temporadas ao serviço de Desp. Chaves, FC Porto, Beira-Mar, Tirsense e Sp. Espinho, Carlos Carvalhal começou como técnico nos tigres antes de orientar Freamunde, Vizela e Desp. Aves, chegando em 2001 ao Leixões. Foi em Matosinhos que teve a sua primeira grande temporada como treinador, levando a equipa da 2.ª Divisão B à final da Taça de Portugal e, por consequência, ao apuramento para as provas europeias e à Supertaça. Já depois de ter estado no V. Setúbal e no Belenenses, treinou o Sp. Braga em 2006/07, não tendo acabado a temporada.

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Com uma passagem pela Grécia ao serviço do Asteras Tripolis pelo meio, Carvalhal esteve no Marítimo e treinou depois durante alguns meses o Sporting, na época 2009/10, quando José Eduardo Bettencourt era presidente dos leões. Tirou a seguir um ano sabático e começou uma carreira toda feita no estrangeiro, entre Turquia (Besiktas e Basaksehir), Emirados Árabes Unidos (foi coordenador técnico do Al Ahli durante duas épocas) e Inglaterra (Sheffield Wednesday e Swansea, já na Premier League). Apesar de todos os convites recebidos, optou por não treinar qualquer clube em 2018/19, regressando na época que agora terminou a Portugal via Rio Ave.

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