O fogo que lavra desde quarta-feira em Sobral de São Miguel, no concelho da Covilhã, foi esta quinta-feira dominado pelas 7h30, disse à Lusa o comandante operacional distrital de Castelo Branco.

Francisco Peraboa indicou que a intenção é manter durante todo o dia no terreno os 500 operacionais e os 160 veículos para “trabalhos de consolidação” e vigilância, de forma a “evitar reacendimentos”.

Pelas 8h30 iniciaram-se os “trabalhos de consolidação e rescaldo”, de acordo com o comandante distrital

Às 7h tinha uma frente ativa e não havia povoações em perigo

Em declarações à agência Lusa pelas 7h, Francisco Peraboa afirmou que o incêndio tinha ao início da manhã uma frente ativa e que os trabalhos dos bombeiros estavam “a correr favoravelmente”.

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O comandante operacional afirmou que não havia povoações em perigo e que os bombeiros, durante a noite, aproveitaram “a janela de oportunidade” e foram progredindo no terreno “conforme a meteorologia e a orografia foi permitindo”

Estamos a consolidar os pontos quentes para manter todo o perímetro do incêndio numa fase de controlo”, acrescentou.

Segundo os dados disponibilizados no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 7h estavam no terreno 515 operacionais, apoiados por 158 viaturas.

Pode ouvir as declarações do comandante operacional da Proteção Civil de Castelo Branco no Noticiário da Rádio Observador:

Dominado o incêndio da Covilhã

Combate ao fogo evoluiu favoravelmente

Durante a noite de quarta-feira, o incêndio manteve-se em curso com os “trabalhos de combate a evoluírem favoravelmente”, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Castelo Branco.

“O fogo mantém-se em curso e os trabalhos de combate estão a decorrer favoravelmente”, afirmou a mesma fonte.

O incêndio deflagrou às 14h43, numa zona de povoamento florestal e o combate chegou a envolver 14 meios aéreos, que foram desmobilizados com o cair da noite.

A proximidade com a Aldeia de Sobral de São Miguel tem sido uma das principais preocupações no terreno, numa situação que continuará a exigir “especial atenção, enquanto o fogo estiver ativo”, referiu.

Não temos casas ou aldeias em perigo iminente, mas o vento influencia muito a progressão das chamas e, por isso, essa será uma situação que requer sempre especial atenção enquanto o fogo estiver ativo”, acrescentou a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro.

O terreno íngreme e os declives acentuados também contribuíram para dificultar o trabalho dos bombeiros no terreno, adiantou.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, confirmava que o combate estava a evoluir favoravelmente, mas salientou que a noite seria “de trabalho árduo”, dada a extensão “considerável” do perímetro do incêndio.

No que concerne às localidades mais próximas, o autarca explicou que as chamas tinham estado a progredir no sentido contrário da freguesia de Sobral de S. Miguel, aproximando-se do lugar de Pereiro, que concentra agora maior atenção.

Estamos atentos e vigilantes, mas, para já, não temos de retirar pessoas”, disse Vítor Pereira.

O autarca afirmou ainda que não tem “grandes dúvidas” de que o incêndio terá tido mão criminosa, dado que se verificaram “quatro a cinco” pontos de ignição com pouca distância entre si e “praticamente à mesma hora”.

“É um indício muito claro”, considerou o presidente da câmara.

Às 22h20, o combate a este fogo envolvia 504 bombeiros e 156 veículos, de acordo com a informação publicada na página na internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Notícia atualizada às 9h17 com a informação de que o fogo está dominado.