O Santuário de Fátima iniciou um processo de reestruturação interna com o objetivo de reduzir os custos fixos. A pandemia de Covid-19 provocou uma queda acentuada nas receitas e visitas de peregrinos, obrigando o Santuário a encontrar uma solução para fazer frente à crise. O plano prevê que sejam dispensados até 50 trabalhadores, confirmou à Rádio Observador a porta-voz, Carmo Rodeia, depois de a TVI ter noticiado na noite de terça-feira a dispensa de funcionários.

Em declarações à TSF, a responsável começou por explicar que “o cancelamento de viagens de grupos de peregrinação e da atividade turística tiveram um impacto bastante grande na gestão económica e financeira do Santuário”, tendo sido por iniciado “um processo de reestruturação interna que visa particularmente a redução de custos fixos”.

Na decisão pesou também “o adensar das projeções, que revelam que o fim da pandemia não será tão brevemente quanto desejaríamos”, afirmou à Rádio Observador. “Para que em nenhum momento possam ficar comprometidas as condições necessárias para o cumprimento da sua missão, que é acolher, e bem, os peregrinos, o santuário decidiu implementar este plano de reestruturação de forma célere.”

Santuário de Fátima avança com cerca de 50 rescisões

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O Santuário prevê que sejam dispensados até 5o funcionários, que foram convidados a refletir a sua situação, negociando saídas voluntárias. Carmo Rodeia considera ser “muito prematura para estar a falar já em números, porque ainda decorre essa fase inicial. No entanto, no final deste processo, não chegará à meia centena o número de postos de trabalhos reduzidos”, disse ainda à Rádio Observador.

A notícia original, divulgada pela TVI, falava em 100 trabalhadores dispensados.

Apesar das dificuldades, o Santuário de Fátima registou um aumento no número de peregrinos em agosto, revelou a mesma responsável à Agência Lusa a meio do mês. Segundo Carmo Rodeia, registaram-se muitos peregrinos nos primeiros dez dias de agosto, para além de as missas dominicais terem tido “uma afluência enorme”, também devido à presença de emigrantes em Portugal.