O presidente do FC Barcelona disse este sábado que não renunciará ao cargo depois de 20 mil sócios terem assinado uma petição para pedir um referendo à sua continuidade e do seu conselho diretivo no clube de futebol catalão.
“Ninguém está a pensar deixar o cargo”, assegurou Jospe Bartomeu, à TV3 da Catalunha, antes de a equipa vencer o Elche por 1-0 no terceiro e último desafio da pré-época.
Na quinta-feira, o grupo de sócios do clube que defende uma rápida mudança na liderança entregou 20.687 assinaturas a pedir um referendo sobre se a direção deve continuar ou sair.
“O número (de assinaturas) surpreendeu até os promotores da moção. A direção continuará a trabalhar para construir a equipa mais competitiva possível”, reforçou o dirigente.
Segundo os estatutos, são necessários 15% do total de associados para forçar a sua consulta, neste caso 16.520 sócios, número que foi claramente superado.
A data do referendo ainda não foi definida, mas se as assinaturas forem validadas, isso deve acontecer nas próximas semanas.
Bartomeu e o seu conselho já devem ser substituídos no ato eleitoral do clube em março, contudo, muitos associados desejam colocar um fim antecipado à sua liderança.
Sistemáticos casos de corrupção envolvendo o presidente, com o qual Lionel Messi entrou em rutura depois deste falhar a promessa de o deixar sair, bem como a derrota por humilhante 8-2 na meia-final da Liga dos Campeões frente ao Bayern Munique, são alguns dos motivos alegados pelos adeptos.
“Não vou entrar em conflito com ele (Messi). Estas são coisas que devem ser ditas em privado. Devemos tornar possível que Messi fique connosco. Ele é nosso capitão e líder da equipa. Vimos como ele respondeu em campo e esta questão está resolvida”, desvalorizou o dirigente.
O argentino marcou dois golos no triunfo por 3-1 sobre o Girona, no segundo particular da pré-temporada.
O FC Barcelona só entra em competição na próxima semana, na terceira jornada da Liga espanhola, pois foi-lhe concedido mais tempo para se preparar após a sua participação na final a oito da Liga dos Campeões, remarcara para agosto, em Lisboa, devido à pandemia da Covid-19.