O gigante chinês do comércio eletrónico JD.com inaugurou esta terça-feira um pavilhão virtual dedicado à venda de produtos portugueses, consumando um acordo assinado em 2018 com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Numa primeira fase, o portal vai focar-se nos vinhos, mas o projeto está aberto a diferentes setores, incluindo o agroalimentar, explicou à agência Lusa o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques.

“Por uma questão de eficiência, a análise e negociação com cada operador nacional tem sido concretizada por etapas, tendo em conta vários fatores, designadamente, a sua presença no mercado, dimensão internacional, e capacidade imediata de integrar o projeto”, disse.

O Pavilhão de Portugal integra, para já, a Quinta do Portal, Symington, Bacalhoa, Porto Reccua e Real Companhia Velha.

No total, candidataram-se cerca de 95 empresas portuguesas, segundo a AICEP.

“Todas as empresas que se candidataram foram analisadas e contactadas, e caso o negócio lhes seja favorável, participarão nas diferentes etapas do projeto”, disse Castro Henriques.

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A China é líder mundial em vendas pela Internet.

Segundo o ministério do Comércio chinês, no ano passado, o volume total de transações em vendas online na China atingiu 34,81 biliões de yuan (4,2 biliões de euros), mais de metade do conjunto mundial de vendas pela Internet.

Com sede em Pequim, o JD.com é a segunda maior firma de comércio eletrónico no país, a seguir ao grupo Alibaba, detendo 25% da quota de mercado.

A empresa local Eternal Asia, com sede em Shenzhen, no sul da China, está responsável pela intermediação entre as empresas portuguesas e o JD.com, ficando responsável pela importação, distribuição e estratégia de ?marketing’.

A mesma empresa trabalhará “igualmente com os operadores económicos portugueses envolvidos neste projeto, no sentido de desenvolver as suas vendas no retalho físico”, disse Castro Henriques.

Para além de Portugal, 13 outros países detêm pavilhões virtuais no JD.com.