A Sonangol anunciou esta terça-feira que estão em curso processos de alienação de dois hotéis, em Luanda, e está a ser preparada a venda de ativos em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Costa do Marfim.
A informação foi transmitida pela administradora executiva da petrolífera estatal angolana, Josina Baião, referindo que está em curso a preparação do processo de alienação de alguns dos ativos que detém nos dois países lusófonos e na Costa do Marfim.
Josina Baião falava em Luanda, no final da cerimónia de assinatura de contratos de adjudicação de ativos do Estado na sequência dos concursos públicos referentes às privatizações do segundo lote industrial com seis unidades localizadas na Zona Económica Especial (ZEE).
Entre as indústrias da ZEE esta terça-feira alienadas aos privados estão duas criadas com o capital da Sonangol, nomeadamente a Mangotal e a Galvanang, indústrias de torres metálicas e de galvanização a quente, respetivamente.
“Foi feito um esforço muito grande da parte do Estado, via Sonangol, para a viabilização dessas indústrias, passámos o testemunho ao setor privado e a nossa recomendação é desenvolverem essas indústrias com atenção especial ao capital humano”, disse.
Segundo a responsável, neste momento estão em curso dois processos de alienação de ativos da Sonangol, nomeadamente o Hotel de Convenções de Talatona (HCTA) e o Hotel Florença, ambos localizados na capital angolana.
A alienação de ativos da petrolífera angolana detidos em São Tomé, na Sociedade Enco, em Cabo Verde, onde detém uma sociedade de investimentos, e na Costa do Marfim, onde conta com uma refinaria, estão também em preparação, notou.
A Sonangol, prosseguiu, trabalha também no processo de alienação da sua participação na Kwanda, base petrolífera da província angolana do Zaire, e na conclusão do processo de alienação de um conjunto de ativos cujos concursos foram lançados em abril deste ano.
“Eram nove ativos de empresas dedicadas ao apoio das atividades do setor de óleo e gás, nomeadamente o grupo Sonamet, grupo Sonatid, grupo Sonadit e empresas do grupo Sonasing, Painal, e estamos a concluir a venda do edifício que detemos na Avenida da República em Portugal”, sublinhou.
O Programa de Privatizações (Propriv) de Angola inscreve 195 entidades e/ou ativos públicos a serem privatizados até 2022, dos setores das telecomunicações, indústria, banca, petróleos, recursos minerais, aviação, seguros, entre outros.
O Governo angolano anunciou hoje que deverá encaixar 64 mil milhões de kwanzas (87 milhões de euros) com a adjudicação de mais nove unidades industriais que totalizam assim 23 ativos vendidos no âmbito do Propriv.