Ao contrário das 2.500 novas camas que o Governo prometeu no ano passado, só foram criadas cerca de 300 novas vagas em residências estudantis para alojamento de alunos do ensino superior, escreve esta sexta-feira o jornal Público.

No ano passado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), para responder às dificuldades de muitos estudantes em aceder a alojamento quando precisam de mudar de cidade para estudar.

Na altura, existiam 15.965 camas a preço regulado, em residências estudantis, para estudantes universitários — e o Governo anunciou um plano para aumentar a oferta em 12 mil camas ao longo de quatro anos e duplicar a oferta até 2030. A promessa para 2020 era a abertura de 2.500 novas camas.

Disponíveis mais 600 camas a preços regulados para alunos do ensino superior

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Porém, de acordo com o Público, o número de novas camas disponibilizadas este ano não chega às três centenas. O jornal escreve que o ministério liderado por Manuel Heitor não respondeu a perguntas sobre o número de novas camas, mas acrescenta que é possível fazer as contas através de dados divulgados recentemente pelo próprio ministério.

Às 18.455 camas disponíveis na totalidade este ano é necessário retirar as 4.500 que são em hotéis, pousadas da juventude e unidades de alojamento local — e também um conjunto adicional de 2.818 camas com o objetivo de assegurar o cumprimento das normas da DGS, nomeadamente o distanciamento mínimo entre camas em quartos partilhados.

Governo anuncia “mais 4.500 camas” para estudantes universitários

No total, há 208 camas a mais relativamente ao ano passado — a que se somam menos de 100 outras camas em algumas residências estudantis que, mais recentemente, reforçaram a sua capacidade. Contas feitas, são menos de trezentas novas camas no sistema de residências estudantis, em vez de 2.500.