As Nações Unidas vão lançar na quarta-feira uma “ação global” nas redes sociais para pedir aos cidadãos de todos os países que pensem duas vezes antes de partilhar desinformação através da internet.
#Pledgetopause [promete fazer uma pausa, em português] é o lema da campanha, cujo arranque está marcado por António Guterres no vídeo que começa com um silêncio de cinco segundos.
“Durante a pandemia de Covid-19 a informação errónea pode ser mortal. Faça uma promessa de fazer uma pausa e de ajudar a impedir a expansão da desinformação”, afirma o secretário-geral da ONU, que irá espalhar esta mensagem através das suas páginas das redes sociais Twitter e Instagram, com a expectativa que seja replicado por “líderes políticos, influentes e cidadãos preocupados”.
During the #COVID19 pandemic, the wrong information can be deadly.
Join me in taking the #PledgetoPause before sharing and help stop the spread of misinformation online. https://t.co/Rj0dg5OiZb pic.twitter.com/xeX8hoisXv
— António Guterres (@antonioguterres) October 20, 2020
A ONU assegura, em comunicado, que a campanha se baseia “numa investigação que indica que uma pausa breve diminui significativamente a inclinação para compartilhar material impactante ou emotivo e, deste modo, reduz a expansão da desinformação”. A campanha faz parte de uma iniciativa do organismo internacional que começou em maio passado com o nome “verificado”, cujo objetivo era difundir de maneira acessível informação sobre saúde, assim como histórias sobre solidariedade internacional acerca da Covid-19. Além disso, pretende “aumentar a alfabetização mediática para permitir os utilizadores das redes sociais detetar desinformação e evitar a sua transmissão”.
#Pledgetopause, que se pode visitar na página da internet, pretende chegar antes do próximo ano a uma audiência de um milhão de pessoas.
Por sua parte, a vice-secretária-geral para a Comissão Global da ONU, Melissa Fleming, destacou que o combate à desinformação é fundamental na luta contra a pandemia da Covid-19. “A Covid-19 não é só uma crise de saúde, mas também uma emergência de comunicação. Quando a desinformação se espalha, as pessoas perdem a confiança e muitas vezes tomam decisões que dificultam as respostas públicas e até mesmo põe em perigo a sua vida”, disse Fleming.