A prefeitura da cidade brasileira do Rio de Janeiro autorizou esta terça-feira a abertura das sedes das escolas de samba para eventos a partir de 1 de novembro, embora o Brasil seja um dos países mais afetados pela Covid-19 no mundo.

De acordo com uma portaria publicada pelo governo “carioca”, a autorização das atividades com público nas escolas de samba está prevista para o primeiro dia de novembro, quando entra em vigor a última etapa do Plano de Reinício da Atividade Económica da cidade. As escolas de samba são financiadas em grande parte pelas receitas dos seus eventos como festas ou refeições-convívio e os famosos ensaios para os desfiles de Carnaval.

A pandemia ainda não está controlada no Rio de Janeiro, segunda cidade com mais mortes por Covid-19 no Brasil, e as escolas de samba não poderão realizar ensaios para os desfiles de Carnaval em 2021, que estão suspensos. Por decisão das próprias escolas de samba e perante a previsão de que em fevereiro a população brasileira ainda não estará totalmente vacinada contra a Covid-19, o Carnaval de 2021 foi suspenso, podendo ser adiado para julho ou totalmente cancelado.

De acordo com as normas divulgadas nesta terça-feira, para evitar aglomerações, os organizadores de eventos dentro das sedes de escolas de samba terão de cumprir todos os protocolos de saúde e prevenção criados para combater o novo coronavírus, como limitar a lotação a 50% da capacidade e distanciar as mesas e cadeiras. A prefeitura do Rio de Janeiro também autorizou bares e restaurantes a abrir sem restrições de horário a partir de 1.º de novembro.

As escolas de samba são uma das poucas atividades que até agora não voltaram ao normal no Rio de Janeiro, que em junho iniciou um rápido processo de desaceleração das medidas de distanciamento social, cujo ritmo tem sido criticado por médicos e cientistas.

O Rio de Janeiro ainda não controlou a pandemia e continua a ser o segundo estado com mais mortes por Covid-19 no Brasil, com 19.770 óbitos registados, e o quarto com mais infeções, com 291.413 casos confirmados. O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 5,2 milhões de casos e 154.176 óbitos), depois dos Estados Unidos.

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