Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, veio esta segunda-feira aconselhar calma às hostes do partido depois do resultado registado nas eleições açorianas de domingo. “Este resultado não convida a nenhuma euforia despropositada”, escreveu o deputado no Facebook.

Depois de ter conseguido manter-se como a terceira força política da região, apesar de ter perdido um mandato face às últimas eleições, Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou a noite eleitoral para proclamar que as notícias da “morte do CDS eram manifestamente exageradas” e que o CDS tinha derrotado os “fabricantes de sondagens”.

O líder do CDS não resistiu a falar para dentro, numa referência aos críticos que anteciparam um início de fim de ciclo da atual direção nos Açores: “Estão bem recordados que disse no congresso de janeiro que à direita lidera o CDS e, no primeiro teste eleitoral, que muitos quiseram dizer que era o teste desta direção, o CDS provou que à direita lidera o CDS-PP”.

Ora, Telmo Correia reconhece que o CDS “teve um resultado positivo nos Açores” e atribui mérito ao líder regional, Artur Lima, e aos dirigentes Catarina Cabeceiras e a Luís Silveira. “Um resultado importante que o CDS regional conseguiu para o futuro do partido. Meritório sobretudo porque quando outros partidos à direita elegeram e o PSD cresceu o CDS resistiu muito bem”, nota.

Para a direção do partido, que se empenhou diretamente nesta campanha, nem uma palavra. Recorde-se que os dois — Francisco Rodrigues dos Santos e Telmo Correia — estão, há muito, em rota de colisão. E é neste contexto que as palavras do líder parlamentar ganham outra relevância.

“Este resultado não convida a nenhuma euforia despropositada mas sim à necessidade de com serenidade construir uma solução de mudança para os Açores e uma alternativa nacional”, remata.

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