Entre os seus aposentos e o ginásio. É assim que o rei emérito passa os seus dias no exílio em Abu Dhabi. Está nos Emirados Árabes Unidos há três meses e a sua rotina não difere muito da que adotara quando ainda estava em Espanha, na Zarzuela, quando a pandemia do novo coronavírus obrigou Juan Carlos a ficar confinado. Um amigo próximo relata ao El Español que o rei “está a morrer de vontade de voltar”: “Sente-se extremamente aborrecido”.

Mantém contacto com os familiares e amigos próximos por telefone e é com o seu advogado, Javier Sánchez Junco, que mais fala por telefone. Um amigo de Juan Carlos conta que a frequência das conversas com o advogado se deve ao facto de o rei emérito procurar uma desculpa para regressar à sua terra natal. A fonte acrescenta que têm dito ao rei que o regresso a Espanha seria um risco por causa da pandemia. A mesma fonte afirma que lhe respondem dessa forma por saberem do seu receio em relação à doença e o medo de morrer fora do país.

A semana passada morreu Fernando Falcó, Marqués de Cubas, amigo de infância de Juan Carlos — que dada a distância não pôde assistir às celebrações fúnebres. “Foi um desgosto. Foi um choque com a realidade não poder dizer um último adeus ao seu amigo”, revela.

A rainha Sofia, que já conhece as amarguras do exílio, quando na Segunda Guerra Mundial a Alemanha invadiu a Grécia, “não está nada feliz” e anseia o regresso do marido. Uma fonte próxima da rainha revela que para ela é mais fácil pensar que Juan Carlos está a passar férias, pois as recordações do passado são muito duras, noticia o jornal.

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