O Chega vai mesmo ajudar a viabilizar o governo de direita nos Açores. Segundo um comunicado enviado às redações, os dois partidos chegaram a acordo para reduzir de forma “significativa a subsidiodependência na região” e criar “um gabinete regional de luta contra a corrupção”.

Sobre o projeto de revisão constitucional, uma exigência de André Ventura que Rui Rio sempre recusou aceitar, o Chega acabou por recuar e aceitar que esse processo venha a ser desencadeado algures no próximo ano — tal como Rui Rio sempre disse que ia fazer.

No comunicado enviado às redações, o partido de André Ventura garante que nesse projeto de revisão constitucional regional vai incluir, entre outros aspetos, “a redução do número de deputados na região autónoma dos Açores”.

A nível nacional, o Chega diz ainda ter garantias de que o PSD “irá entregar na Assembleia da República, ainda nesta sessão legislativa, um projeto de revisão constitucional que compreenderá, não só o constante do seu programa eleitoral, como alguns aspetos que são para nós fundamentais, tendo-nos sido dadas garantias de que contemplará, entre outros aspetos, a redução do número de deputados e a vontade de fazer uma profunda reforma no sistema de Justiça” — duas questões que Rui Rio sempre disse querer revisitar.

“Estes não são todos os pontos que gostaríamos de ver transpostos para uma revisão constitucional, mas representam a garantia que teremos um dos grandes partidos a defender pontos de vista que consideramos muito importantes na revisão constitucional que entendemos que o País deve fazer”, reconhece o Chega no comunicado, antes de terminar com a garantia de que apoiará o o governo liderado por José Manuel Bolieiro.

Com apoio de CDS, PPM e Chega fica a faltar o deputado eleito pela Iniciativa Liberal para viabilizar uma maioria de direita nos Açores.

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