A Ordem dos Enfermeiros (OE) foi notificada por vários profissionais que o Hospital de Braga vai despedir este mês enfermeiros com contrato de quatro meses, avança em comunicado.

A administração explica que em causa estão contratos especiais celebrados em março,  no contexto de pandemia de Covid-19, e afirma estar a “envidar todos os esforços” para que os mesmos se convertam em contratos sem termo, possibilitando que todos os enfermeiros contratados mantenham funções, avança a Lusa. Acrescenta que os enfermeiros em causa continuarão a trabalhar.

A OE considera “inadmissível, incompreensível e irresponsável” a atuação do Hospital durante a segunda vaga do novo coronavírus, e que demonstra a subvalorização dada aos enfermeiros em Portugal “ao mesmo tempo que são cada vez mais procurados pelos restantes países europeus”.

Atenta ainda que “nem os Enfermeiros atuais nem os que venham a ser contratados serão suficientes para fazer face à pandemia e para prestar cuidados aos milhares de pessoas que viram os seus exames, consultas e cirurgias suspensas, adiadas e canceladas”.

Em comunicado, a Ordem manifesta repudiar a atitude do Hospital de Braga “sem prejuízo de continuar a sua colaboração com o Ministério da Saúde na busca de soluções”.

Sindicato exige efetivação de 86 enfermeiros contratados pelo Hospital de Braga

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) exigiu esta sexta-feira a efetivação dos 86 enfermeiros contratados a termo pelo Hospital de Braga para acudir à pandemia de Covid-19.

Em comunicado, o SEP refere que a administração do hospital está a comunicar àqueles enfermeiros que os contratos irão caducar caso não obtenham “autorização expressa para alteração do vínculo para sem termo “.

“São 86 enfermeiros imprescindíveis, a fazer face a necessidades permanentes, integrados e já com experiência, que a administração pretende ‘despedir’, apesar do quadro legal em vigor permitir contratar”, refere o sindicato. Assim, o SEP exige o “imediato” recuo das intenções da administração, a efetivação dos contratos aos enfermeiros e o reconhecimento, por parte do Governo, de que a opção de contratos por 4 meses, “para além de não resolver os problemas, é gerador de maior instabilidade nas instituições que deveriam, prioritariamente, estar focadas no combate

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