O I-Pace foi o veículo escolhido pela Jaguar Land Rover (JLR) para testar, na Irlanda e em condições reais, a mobilidade partilhada e veículos eléctricos, autónomos e ligados. Significa isto que estas tecnologias irão conviver, numa área delimitada, com automóveis convencionais, peões e ciclistas.

O projecto enquadra-se numa parceria com o Future Mobility Campus Ireland (FMCI) e implica a associação a empresas internacionais de software, mobilidade e telecomunicações, nomeadamente Cisco, Seagate, Renovo, Red Hat e Mergon.

O objectivo é “criar um espaço urbano inteligente” que, neste caso, contemplará 12 km de estradas públicas com “sensores, sistemas de posicionamento de elevada precisão, um centro de controlo e gestão de dados, e protótipos de veículos autónomos”. Vai haver ainda, acrescenta a JLR, “cruzamentos inteligentes, parques de estacionamento autónomos, pontos de carregamento de veículos eléctricos, saídas para um troço de 450 km de auto-estrada ligada e um percurso gerido de trânsito para veículos aéreos não tripulados”.

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Este espaço urbano inteligente representa uma grande oportunidade para as empresas internacionais trabalharem em conjunto e desenvolverem tecnologias de ponta, de veículos autónomos à infra-estrutura ligada. A zona de testes destaca-se por proporcionar condições reais, o que pode auxiliar a resolver de forma eficiente algumas das questões que se colocam sobre o futuro da mobilidade”, destaca o CEO do FMCI, Russell Vickers.

Por seu turno, a JLR “junta o útil ao agradável”, na medida em que usufrui da vantagem da localização (possui um centro de software em Shannon, nas imediações do FMCI) e, por outro lado, pode fazer evoluir as suas novas tecnologias na área trabalhando “lado a lado com empresas de software de primeiro nível”, conforme realçou do director-geral do grupo em Shannon, John Cormican.

Jaguar acerta na ‘mouche’. Casa com Waymo e Panasonic

De recordar que, em 2018, Jaguar e Waymo, a divisão de veículos autónomos da Google, acordaram que 20.000 unidades do crossover eléctrico britânico iriam integrar a frota de ride-hailing da Waymo, estando equipadas de origem com o equipamento necessário à condução autónoma.