A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou o primeiro Plano Municipal LGBTI+ do país, que prevê uma bolsa de habitação para pessoas transexuais e um apartamento de autonomização para jovens da comunidade Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo (LGBTI+).

Entre as 21 medidas que constam do Plano, o comunicado destaca a criação de uma bolsa de habitação para pessoas transexuais vítimas de violência, a abertura de um apartamento de autonomização para jovens LGBTI vítimas de violência, assim como a organização de ações sobre inclusão no mercado de trabalho e capacitação na procura de emprego e integração no posto de trabalho.

Está também prevista a organização de uma reunião anual para partilha de informação sobre saúde mental e estratégias na área da prevenção do suicídio, refere o gabinete do vereador dos Direitos Sociais da Câmara de Lisboa na mesma nota.

O município vai também dar “suporte a projetos de investigação comunitária sobre questões de saúde das pessoas LGBTI e apoio a iniciativas que promovam o reconhecimento de pessoas e espaços ligados à história LGBTI da cidade”.

“Era necessário criar um instrumento para organizar e consolidar a intervenção da Câmara de Lisboa nesta área. O apoio às pessoas LGBTI precisa de materializar-se em ações na empregabilidade, saúde, educação e acolhimento a vítimas de violência. A igualdade não é um conceito abstrato, podemos identificar prioridades e objetivos em conjunto com os nossos parceiros, e colocar esforços para alcançar resultados concretos”, defende Manuel Grilo, do BE (partido que tem um acordo de governação do concelho com o PS), citado no comunicado.

A Câmara de Lisboa já tinha aprovado este plano em dezembro do ano passado, também com os votos contra do CDS-PP.

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