A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou os dados com os números de novos casos acumulados ao longo das últimas duas semanas por cada 100 mil habitantes nos 308 concelhos portugueses. Quarenta e sete deles registaram uma proporção superior a 960 casos, mas há 95 no nível mais baixo de risco de acordo com a nova definição do governo.
O relatório de situação publicado esta tarde pela Direção-Geral da Saúde divide os concelhos em sete níveis de risco, de acordo com as indicações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças: o nível 1, o mais baixo, é atribuído aos concelhos com menos de 20 casos nos últimos 14 dias por 100 mil habitantes; e o nível 7, o mais alto, é reservado aos concelhos com 960 ou mais.
Pelo meio, há outros cinco níveis de risco. Os concelhos com entre 20 e 59,9 casos nas últimas duas semanas por cada 100 mil habitantes estão no nível dois; os que têm entre 60 e 119,9 são de nível três; os concelhos com 120 a 239,9 são de nível quatro; os que têm entre 240 e 479,9 recebem o nível cinco; e os que registam 480 a 959,9 são de nível seis.
No entanto, de acordo com a última definição anunciada pelo governo este fim de semana, o país está dividido em quatro níveis de risco. Os concelhos de risco moderado são aqueles que, ao longo de duas semanas, registaram um número cumulativo de novos casos inferior a 240 por 100 mil habitantes. É o nível de risco menos grave.
Nos concelhos de risco elevado, o número cumulativo de novos casos por 100 mil habitantes está compreendido entre os 240 e 479. Seguem-se o nível de risco muito elevado, com 480 a 959 casos por 100 mil habitantes nas últimas duas semanas, e o nível de risco extremamente elevado, onde entram todos os valores superiores a 960.
A diferença é que, para o governo português, são considerados concelhos de risco moderado todos os que, na escala do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, cabem nos níveis um a quatro. Os concelhos de risco elevado correspondem ao nível cinco, os de risco muito elevado são os concelhos de níveis seis e os concelhos de risco extremamente elevado são os de nível sete.
Eis o que deve saber:
Há nove concelhos com mais de 2.000 novos casos acumulados ao longo das últimas duas semanas por cada 100 mil habitantes e só um deles não fica na região Norte do país. São eles Lousada, Paços de Ferreira, Vizela, Guimarães, Freixo de Espada à Cinta, Felgueiras, Penafiel, Fafe e Manteigas — este último pertence à região Centro. A situação mais grave está em Lousada, com 2791 casos ao longo de duas semanas por cada 100 mil habitantes. Fafe e Guimarães já estavam entre os 10 concelhos mais preocupantes há uma semana, mas não estavam com uma proporção acima dos 2.000 casos.
Há 10 concelhos sem qualquer caso de infeção pelo novo coronavírus nas últimas duas semanas, mais um do que na semana passada. São eles Calheta, Corvo, Lajes das Flores, Lajes do Pico, Madalena, Porto Moniz, Santa Cruz da Graciosa, Santana, São Vicente e Vila Velha de Ródão — o único concelho da lista que não fica nos arquipélagos dos Açores ou da Madeira, mas sim no distrito de Castelo Branco. Na semana passada, essa posição era de Monchique, mas esta semana registou 158 casos nas últimas duas semanas por cada 100 mil habitantes.
O concelho de Beja é a única capital de distrito no continente com uma proporção de novos casos somados ao longo de duas semanas por 100 mil habitantes inferior a 240 — o número que sinaliza uma situação epidemiológica menos preocupante. No balanço feito pelas autoridades de saúde na semana passada, Leiria era a única capital de distrito em Portugal Continental que ficava abaixo dessa métrica. Desta vez, a cidade já registou 308 novos casos em 14 dias por 100 mil habitantes. Beja fica-se pelos 146.