Mesmo os fabricantes de superdesportivos têm necessidade de conseguir que as suas potentes mecânicas debitem mais cavalos mas consumam menos combustível, simultaneamente emitindo menos dióxido de carbono, para agradar ao legislador em Bruxelas. A McLaren não é excepção, pelo já fez saber que o Artura está a caminho, um híbrido plug-in com 608 cv, valor que é conseguido com a ajuda de unidades eléctricas (que o fabricante ainda não revelou) e que, curiosamente, é similar à potência de que usufrui o McLaren 600 LT, equipado com o 3.8 V8 biturbo.

Não é esta a primeira incursão da marca inglesa pelos veículos híbridos, pois já em 2013 comercializou o P1, do qual foram produzidas 375 unidades. O P1 conciliava um motor 3.8 V8 biturbo a gasolina com 737 cv e outro eléctrico de 179 cv. No total, eram 916 os cavalos que estavam ao serviço do condutor, com o superdesportivo a poder funcionar apenas em modo eléctrico, permitindo percorrer até 20 km em modo zero emissões com a ajuda de uma bateria com 96 kg, que era recarregável em cerca de 2 horas.

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O novo Artura vai menos longe em matéria de potência, ao anunciar 608 cv e 600 Nm, mas deverá ir mais longe em termos de eficiência, consumo e emissões, embora a McLaren ainda não tenha revelado as especificações da mecânica. Ainda assim, o facto de a marca ter trocado o V8 habitual por um V6, necessariamente com menos de 3,8 litros, mantendo-lhe a sobrealimentação com dois turbocompressores, prova que pretendia ganhar peso e poupar no consumo, mesmo que à custa de uma menor potência, que compensaria com motores eléctricos mais generosos.

Outra das vantagens do Artura é a estreia de uma nova plataforma, sempre integralmente em fibra de carbono, mas agora mais à vontade para alojar um pack de baterias de maiores dimensões, para que em modo eléctrico consiga percorrer distâncias superiores.

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