A farmacêutica chinesa Sinopharm requereu à Agência Estatal de Alimentos e Medicamentos da China aprovação para distribuir no mercado uma vacina para o novo coronavírus, noticiou hoje a imprensa chinesa.
A farmacêutica acrescentou que a comercialização da vacina é a sua prioridade e que publicará informações sobre a fase 3 dos testes clínicos assim que tiver obtido aprovação das autoridades.
Um representante da empresa, citado pelo jornal oficial Global Times, garantiu que a Sinopharm recebeu informações dos países que realizaram análises clínicas com a vacina, e que os resultados são positivos, mas que falta luz verde das autoridades, que têm de rever os dados sob “critérios restritos”.
A Sinopharm está a desenvolver duas vacinas diferentes, ambas no limiar da fase 3 dos testes clínicos: uma com o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan e a outra com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim.
A imprensa estatal não especificou qual das vacinas foi submetida a aprovação e a farmacêutica não especificou quanto tempo o processo pode levar até obter a aprovação das autoridades chinesas.
Estas duas vacinas da Sinopharm têm sido usadas na China em casos especiais, desde agosto passado, sobretudo entre médicos e militares, bem como diplomatas destacados no exterior.
Os ensaios clínicos das vacinas Sinopharm foram conduzidos nos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Jordânia, Peru e Argentina.
A China está a participar, total ou parcialmente, no desenvolvimento de 5 das 10 vacinas para o coronavírus que estão atualmente na última fase de testes clínicos.