Um navio de transporte de animais vivos está atracado há oito dias no Porto de Sines, porque a tripulação encontra-se de quarentena, após ter sido confirmada a infeção pelo vírus que provoca a Covid-19 em dois tripulantes.

O primeiro caso de infeção foi detetado, no passado dia 27 de novembro, num dos tripulantes do navio, com bandeira do Luxemburgo, que “apresentou sintomas” compatíveis com a doença Covid-19, disse esta sexta-feira à agência Lusa a responsável da Autoridade de Saúde Pública local, Fernanda Santos.

O tripulante “tinha sintomas, fez o teste que deu [resultado] positivo e isso levou-nos a alargar os testes a todos os tripulantes do navio, tendo sido detetado mais um [caso] positivo”, explicou, referindo que, “como são contactos de alto risco, ficaram todos em quarentena”.

Segundo Fernanda Santos, devido aos dois casos de infeção, o navio, oriundo de Israel e com 32 tripulantes de várias nacionalidades, vai manter-se no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, até que seja levantada a quarentena.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“A tripulação está de quarentena por 14 dias, não entra, nem sai ninguém sem o consentimento da autoridade de saúde e foi suspensa a livre prática do navio”, ou seja, as operações e movimentos no porto, disse. A responsável adiantou que “os testes a toda a tripulação foram realizados no navio” e a embarcação foi “desinfetada por uma equipa especializada”.

Todos os tripulantes estão em confinamento no navio, com restrições a bordo, e os infetados encontram-se “devidamente separados” dos que não têm a infeção, disse, indicando que, até hoje, não há mais pessoas com sintomas e, por isso, pode-se dizer que “o foco está controlado”.

O navio atracou no porto alentejano no passado dia 26 de novembro, com o objetivo de carregar animais vivos, a grande maioria bovinos, com destino a Israel.