O novo presidente da companhia aérea Vueling, Marco Sansavini, declarou este domingo que a empresa está determinada a devolver o dinheiro dos bilhetes a todos os passageiros afetados nos últimos meses pela suspensão de voos devido à covid-19.
Os clientes que “podem ter tido inconvenientes em relação a esta situação têm direito a reembolso, a Vueling está absolutamente empenhada em reembolsar”, afirmou o executivo italiano, em entrevista à televisão espanhola TV3, sem deixar de pedir desculpa e de explicar que a companhia não o conseguiu fazer até agora “devido ao número de situações” a gerir.
A favor de que os viajantes possam voar depois de passar um teste de antigénio, Marco Sansavini — que assumiu funções a 8 de setembro, substituindo Javier Sánchez-Prieto – reiterou que as viagens aéreas são seguras, apesar de assumir não poder impor medidas além das que se aplicam em todo o setor.
De acordo com o CEO da companhia aérea, a Vueling vai aumentar durante a quadra natalícia dos atuais 500 voos semanais para 1.500 e “muitos dos destinos domésticos e alguns destinos internacionais importantes, como Atenas, Zurique, Praga ou Turim, serão retomados”, num total de 165 destinos.
A necessidade de uma reestruturação da empresa devido ao impacto da crise provocada pela pandemia foi reconhecida por Sansavini, embora o líder da transportadora aérea não preveja a redução de pessoal, o encerramento de bases ou um pedido de resgate financeiro ao governo.
“É evidente que temos de começar a preparar a Vueling para o futuro e isso significa que teremos de tomar medidas estruturais para adaptar o nosso nível de atividade ao nível de procura, qualquer que seja o nível de procura, assim que sairmos da crise”, observou Marco Sansavini, que previu que o regresso da procura aos níveis de 2019 só ocorra a partir de 2023.
As medidas para combater a covid-19 paralisaram setores inteiros da economia mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a pandemia reverterá os progressos feitos desde os anos de 1990, em termos de pobreza, e aumentará a desigualdade.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.605.583 mortos resultantes de mais de 71,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.