Se as eleições fossem hoje, o PS de António Costa voltaria a ganhar folgadamente, o PSD de Rui Rio ficaria a cerca de 13 pontos de distância, o Chega poderia estar a disputar o terceiro lugar com o Bloco de Esquerda e o CDS desapareceria do mapa eleitoral com apenas 0,3% das intenções de voto. São estas as principais conclusões do barómetro de Dezembro da sondagem da Aximage para o DN/JN/TSF.

Juntando-se a outras que têm sido publicadas nos últimos dias, como a sondagem da Pitagória para o Observador e TVI, esta é mais uma sondagem que confirma que os socialistas não estão a sofrer o desgaste da crise pandémica e dos casos da TAP e do SEF. Já os social-democratas continuam a não conseguir descolar e nem conseguem ultrapassar a barreira dos 30%.

Sondagem Observador/TVI/Pitagórica. O PS vale (quase) tanto como toda a direita junta

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Esta leitura sai reforçada com outro indicador desta sondagem: 53% dos inquiridos confiam em António Costa como primeiro-ministro (subida de três pontos percentuais), enquanto que apenas 19% (subida de um ponto) têm a mesma opinião sobre Rui Rio.

Comparando com os resultados de novembro do barómetro da Aximage, o PSD de Rui Rio é o partido que mais sobe (com mais 1,5% das indicações de voto) mas tal subida praticamente não contribui para reduzir o fosso face ao PS porque os socialistas também recuperaram 1,3% das intenções de voto dos inquiridos.

À direita, também o Chega e a Iniciativa Liberal também sobem. O partido de André Ventura aproxima-se do Bloco de Esquerda na luta pelo lugar da terceira força política nacional com 7,7% das intenções de voto, enquanto que os liberais crescem de forma significativa (mais 1,3%) para 3,5%.

Já o CDS desaparece quase por completo: apenas 0,3% dos inquiridos manifestaram intenção de vota no partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos. Uma descida significativa face ao já catastrófico resultado de 1% no barómetro de novembro de um partido que tem atualmente cinco deputados por via do resultado de 4,2% obtido nas legislativas de 2019.

O PAN é o partido que mais desce com um resultado de 4,7% — menos 1,8% das indicações de voto em novembro. Mas mesmo assim um resultado acima daquele que obteve nas eleições de outubro de 2019.

O Bloco de Esquerda teve uma ligeira recuperação de 0,6% para os 8,5%, depois de uma forte queda em novembro que foi igualmente constatada noutros estudos de opinião e que tem sido associada por diversos analistas ao voto contra o Orçamento de Estado para 2021. A CDU, por seu lado, mantém-se estável com 5,7% das intenções de voto.