Em virtude dos 20,8% que possui da Tesla e dos 54% que detém da SpaceX, Elon Musk tem hoje uma fortuna avaliada em 185 mil milhões de dólares, o que o coloca como a pessoa mais rica do mundo, ultrapassando Jeff Bezos, da Amazon. Mas o sul-africano que se mudou para o Canadá aos 17 e para os EUA aos 19, criou aos 34 anos a primeira empresa que lhe permitiu ganhar dinheiro que se visse. Era a Zip2, uma empresa montada com um amigo e especializada em software para Internet, que foi vendida à Compaq em 1999 por 307 milhões de dólares. De seguida, criaria a X.com, que evoluiria para PayPal, vendida em 2002 à eBay por 1,5 mil milhões de dólares, o que permitiu a Elon Musk ‘atirar-se’ para a SpaceX, nesse mesmo ano, e dois anos mais tarde para a Tesla.
Musk gosta de carros potentes e rápidos e, em 1999, na altura com 38 anos, sentiu que estava em condições de adquirir o seu primeiro superdesportivo. Tendo finalizado semanas antes a venda da Zip2 à Compaq, o sul-africano ofereceu a si próprio um McLaren F1, que lhe custou cerca de um milhão de dólares.
O carro britânico foi entregue à porta da sua casa, nos EUA, onde Musk o aguardava, em companhia da que viria a ser a sua primeira mulher, Justine Wilson, uma colega de universidade com quem casaria no ano seguinte. A CNN divulgou um vídeo que regista o momento em que o empresário recebeu o seu superdesportivo com um motor 6.1 V12 com 627 cv, de que apenas foram construídas 106 unidades.
Mas o McLaren F1 não durou muito, pelo menos nas mãos de Musk. Esta curta longevidade nada teve a ver com qualquer problema ou limitação do desportivo, mas sim um desentendimento do condutor com as leis da física. Uns meses depois de receber o F1, quando estava a tentar impressionar um amigo, Elon destruiu o McLaren. E ainda conseguiu divertir-se ao recordar a história e o facto de não ter apólice de seguro num modelo que lhe custou 1 milhão.