Os números da pandemia voltaram a atingir novos máximos nos casos de infeção (10.556) e mortes diárias (156), bem como no total de internamentos (4.240), de acordo com os dados do boletim da Direção-Geral de Saúde sobre a pandemia.
Quase um ano depois do início da pandemia, mais de meio milhão de portugueses (507.108) — ou 5% da população — já foram infetados com o coronavirus. Esta quarta-feira, foram identificadas mais 10.556 casos confirmados (uma subida de 3.297 face ao boletim de terça).
Depois do recorde batido na sexta-feira, de 10.176 novos casos, ainda houve uma redução progressiva (habitual ao fim-de-semana) até os 5.606 casos identificados no boletim de segunda-feira. Esta terça, no entanto, já aumentou para 7.259, e esta quarta disparou novamente para cima de 10 mil casos, atingindo um novo valor máximo, em véspera de confinamento. No total, os novos casos registados em janeiro representam já 18,3% do total desde que começou a pandemia.
As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e o Norte valem 70% dos novos casos do último dia. No primeiro caso, que inclui ainda parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, teve este domingo 3.793 casos identificados no boletim da Direção-Geral de Saúde, ou seja, 35,9% do total do país. Fica pouco acima da região Norte, que tem 3.628 novas infeções (34,4%). Seguem-se depois Centro (2.136), Alentejo (475), Algarve (411), Açores (69) e Madeira (44).
Esta quarta-feira, houve ainda 156 mortes com Covid-19 (mais uma do que no dia anterior). Depois de a DGS ter registado 102 óbitos no domingo, o número de vítimas subiu na segunda-feira (para 122), na terça (155) e esta quarta (156), uma média de seis mortes por hora nos últimos quatro dias.
Desde que se registou a primeira vítima com Covid-19 em Portugal, houve 8.236 mortes, das quais 1.330 ocorrerem em janeiro, ou seja, 16,1% do total em apenas 13 boletins.
É também a região de Lisboa e Vale do Tejo que apresenta aqui os piores números, com 42,9% das mortes registadas no último dia (67 em 156). O boletim diário da DGS dá conta ainda de 36 mortes no Centro, outras 36 mortes no Norte, 11 no Alentejo e 6 no Algarve. Não houve novos óbitos nas regiões autónomas.
Uma das vítimas tinha cerca de 30 anos e outros dois estavam na casa dos 40. Há ainda cinco mortes entre os 50 e os 59 anos; 12 mortes na casa dos 60; e 21 mortes entre 70 e 79 anos. A maioria dos óbitos, no entanto, é, como habitualmente, registada acima dessas idades — com mais de 80 anos, há 115 vítimas no boletim desta quarta-feira (76% do total do dia).
O dia ficou ainda marcado por um novo máximo de internados — naquela que é a 11ª subida consecutiva —, embora tenha sido finalmente interrompida a escalada nos cuidados intensivos (após 11 subidas). Há agora 4.240 internamentos em enfermaria (face aos anteriores 4.043), dos quais 596 doentes em estado grave (contra 599 do dia anterior), segundo o boletim da DGS desta quarta-feira.
O Número de internados multiplicou por 4,6)em apenas três meses — a 13 de outubro, havia 916 pessoas no hospital, enquanto esta quarta-feira ascende a 4.240. A barreira dos mil internados, que já tinha sido ultrapassada na primeira vaga, voltou a ser superada a 16 de janeiro (1.015); depois, os dois mil internamentos foram atingidos a 1 de novembro (2.122); os três mil a 16 de novembro (3.040) e os quatro mil esta terça-feira (4.043).
No último dia, recuperaram ainda 4.440 doentes com Covid-19, havendo, desde que começou a pandemia, um total de 382.544 recuperações. Há também neste momento 116.328 casos ativos em Portugal (mais 5.940 do que no dia anterior) e 130.887 contactos em vigilância.