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Boletim DGS. Infeções, internamentos e mortes atingem o auge em véspera do confinamento

Este artigo tem mais de 3 anos

A pandemia regressou ao seu pior em quase todos os indicadores relevantes. Meio milhão de portugueses já tiveram de lidar com vírus. Internados são quase cinco vezes mais do que há três meses.

Os números elevados da pandemia vão obrigar a um segundo confinamento
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Os números elevados da pandemia vão obrigar a um segundo confinamento

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Os números elevados da pandemia vão obrigar a um segundo confinamento

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Os números da pandemia voltaram a atingir novos máximos nos casos de infeção (10.556) e mortes diárias (156), bem como no total de internamentos (4.240), de acordo com os dados do boletim da Direção-Geral de Saúde sobre a pandemia.

Quase um ano depois do início da pandemia, mais de meio milhão de portugueses (507.108) — ou 5% da população — já foram infetados com o coronavirus. Esta quarta-feira, foram identificadas mais 10.556 casos confirmados (uma subida de 3.297 face ao boletim de terça).

Depois do recorde batido na sexta-feira, de 10.176 novos casos, ainda houve uma redução progressiva (habitual ao fim-de-semana) até os 5.606 casos identificados no boletim de segunda-feira. Esta terça, no entanto, já aumentou para 7.259, e esta quarta disparou novamente para cima de 10 mil casos, atingindo um novo valor máximo, em véspera de confinamento. No total, os novos casos registados em janeiro representam já 18,3% do total desde que começou a pandemia.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e o Norte valem 70% dos novos casos do último dia. No primeiro caso, que inclui ainda parte dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, teve este domingo 3.793 casos identificados no boletim da Direção-Geral de Saúde, ou seja, 35,9% do total do país. Fica pouco acima da região Norte, que tem 3.628 novas infeções (34,4%). Seguem-se depois Centro (2.136), Alentejo (475), Algarve (411), Açores (69) e Madeira (44).

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Esta quarta-feira, houve ainda 156 mortes com Covid-19 (mais uma do que no dia anterior). Depois de a DGS ter registado 102 óbitos no domingo, o número de vítimas subiu na segunda-feira (para 122), na terça (155) e esta quarta (156), uma média de seis mortes por hora nos últimos quatro dias.

Desde que se registou a primeira vítima com Covid-19 em Portugal, houve 8.236 mortes, das quais 1.330 ocorrerem em janeiro, ou seja, 16,1% do total em apenas 13 boletins.

É também a região de Lisboa e Vale do Tejo que apresenta aqui os piores números, com 42,9% das mortes registadas no último dia (67 em 156). O boletim diário da DGS dá conta ainda de 36 mortes no Centro, outras 36 mortes no Norte, 11 no Alentejo e 6 no Algarve. Não houve novos óbitos nas regiões autónomas.

Uma das vítimas tinha cerca de 30 anos e outros dois estavam na casa dos 40. Há ainda cinco mortes entre os 50 e os 59 anos; 12 mortes na casa dos 60; e 21 mortes entre 70 e 79 anos. A maioria dos óbitos, no entanto, é, como habitualmente, registada acima dessas idades — com mais de 80 anos, há 115 vítimas no boletim desta quarta-feira (76% do total do dia).

O dia ficou ainda marcado por um novo máximo de internados — naquela que é a 11ª subida consecutiva —, embora tenha sido finalmente interrompida a escalada nos cuidados intensivos (após 11 subidas). Há agora 4.240 internamentos em enfermaria (face aos anteriores 4.043), dos quais 596 doentes em estado grave (contra 599 do dia anterior), segundo o boletim da DGS desta quarta-feira.

O Número de internados multiplicou por 4,6)em apenas três meses — a 13 de outubro, havia 916 pessoas no hospital, enquanto esta quarta-feira ascende a 4.240. A barreira dos mil internados, que já tinha sido ultrapassada na primeira vaga, voltou a ser superada a 16 de janeiro (1.015); depois, os dois mil internamentos foram atingidos a 1 de novembro (2.122); os três mil a 16 de novembro (3.040) e os quatro mil esta terça-feira (4.043).

No último dia, recuperaram ainda 4.440 doentes com Covid-19, havendo, desde que começou a pandemia, um total de 382.544 recuperações. Há também neste momento 116.328 casos ativos em Portugal (mais 5.940 do que no dia anterior) e 130.887 contactos em vigilância.

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