As votações têm vindo a modelar-se ao longo do tempo. Ora mais partidos a favor, ora menos. E nesta nona vez que o Parlamento foi chamado a pronunciar-se sobre o estado de emergência há mais um partido, do que nas quatro últimas votações, a juntar-se aos votos favoráveis, o CDS. Mas continuam a ser mais os partidos contra, embora não em número suficiente de deputados para chumbar o período de exceção constitucional que o país vai voltar a viver por mais 15 dias, até 30 de janeiro. Nesta altura Portugal está já há 65 dias consecutivos em emergência por causa da pandemia e este é o pior momento de sempre.

Com o número de casos diários sempre a rondar ou acima dos 10 mil e o números de mortos a bater recordes todos os dias, o Presidente da República, articulado com o Governo, voltou a pedir ao Parlamento que alguns direitos constitucionais sejam suspensos de forma temporária, para que possam ser aplicadas novas medidas de restrição, no caso o confinamento geral cujos contornos concretos serão conhecidos esta tarde. Apenas o PCP e os Verdes estão contra a que se agravem medidas, os restantes partidos até concordam embora apontem erros ao Governo na gestão da pandemia, sobretudo desde outubro.

Mesmo no CDS, que passou da abstenção do voto a favor (ao lado do PS, PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues), há críticas ao Governo. “Onde é que já vai o tempo do milagre português”, exclamou até a dada altura o líder parlamentar o partido referindo-se aos resultados após o primeiro período de confinamento geral, altura em que o país conseguiu controlar o avanço da pandemia. “O Governo “falhou” quando não previu a segunda vaga e agora novamente nas medidas para o Natal, disse Telmo Correia que coloca toda a responsabilidade sobre os mesmo ombros: “As opções foram do Governo”. E pede que seja ponderada a questão do encerramento das, já que “é indiscutível que quanto maior for o confinamento maior o controlo da pandemia” e eu “m confinamento generalizado é incompatível com milhões de pessoas a circularem diariamente”.

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