A nova geração do Grand Cherokee chega cheia de novidades, mas talvez a mais relevante assente na base. O imponente Jeep larga a antiga arquitectura (que ainda era Daimler-Chrysler) e passa a ser montado sobre uma nova plataforma, o que lhe permite oferecer, pela primeira vez, lugar para seis ou sete em três filas de bancos. O chamado Grand Cherokee L será o primeiro a ser introduzido no mercado, com a chegada das primeiras unidades aos concessionários a estar prevista para o segundo trimestre. Lá mais para o final do ano, vai arrancar a produção da versão mais curta, com espaço para cinco pessoas e que, garantidamente, contará com uma versão híbrida plug-in (4xe).

A nova arquitectura de desenho monobloco, com suspensões independentes, aporta um incremento das medidas. Face à geração actual, com 4,82 m de comprimento e 2,91 m de distância entre eixos, o novo Grand Cherokee L cresce para 5,20 m de comprimento e 3,09 m entre eixos, medidas que o posicionam como um adversário do Mercedes GLS. Com 1,81 m de altura e 1,96 m de largura, o novo SUV impacta pela imagem mais robusta, em harmonia com as reconhecidas qualidades do modelo no offroad. Estão disponíveis três sistemas de tracção integral (Quadra-Trac I, Quadra-Trac II e Quadra-Drive II), o sistema de gestão de tracção Selec-Terrain é de série e a opcional suspensão pneumática Quadra-Lift, com cinco regulações de altura, adiciona até 106 mm ao curso da suspensão, permitindo ao Grand Cherokee L reclamar ângulos de ataque de 30,1º, de saída de 23,6º e ventral de 22,6º, e uma distância máxima ao solo de 272 mm, o que é um valor muito respeitável.

Exteriormente, o design incorpora alguns elementos já vistos no Grand Wagoneer, que não é comercializado por cá. A frente é a secção que mais evolui, exibindo a tradicional grelha de sete barras verticais da marca, agora mais ampla e com aberturas individuais mais largas, prendendo igualmente a atenção o novo desenho dos faróis e as luzes diurnas LED. Visto de perfil, o tejadilho rebaixado do Grand Cherokee L confere-lhe um aspecto mais dinâmico, enquanto a ampla superfície envidraçada com uma nova moldura, que começa na base dos retrovisores e se estende até ao terceiro vidro lateral e à base das luzes traseiras, deixa adivinhar um interior espaçoso, com muita luz e uma boa visibilidade. Atrás, os grupos ópticos mais estreitos e com design mais dinâmico surgem em posição elevada e também usufruem da tecnologia LED.

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O interior explora o incremento da habitabilidade com um ambiente ainda mais refinado e um enfoque mais tecnológico. Exemplo disso são os materiais eleitos, que vão desde os revestimentos em couro a detalhes em madeira. A consola central foi realinhada para facilitar o acesso do condutor, com a marca a destacar o novo painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, “com quase duas dúzias de menus seleccionáveis pelo utilizador”, o redesenhado volante multifunções com patilhas de comando das velocidades e o ecrã central de 8,4 polegadas (ou 10,1” como opcional), que serve de porta de entrada para explorar o sistema de infoentretenimento UConnect 5, com Apple CarPlay e Android Auto sem fios, bem como hotspot Wi-Fi 4G LTE para conectar até oito dispositivos.

Em matéria de ajudas ao condutor, o Grand Cherokee oferece uma série de tecnologias, como cruise control adaptativo, visão nocturna, assistência à atenção do condutor e reconhecimento dos sinais de trânsito. No final do ano, passará a disponibilizar condução autónoma de nível 2, o que significa que vai ser capaz de adaptar automaticamente a velocidade às exigências da estrada, abrandando por exemplo em curvas mais apertadas, e manter-se sozinho na sua faixa de rodagem, desde que o condutor vá confirmando ao sistema que se mantém atento.

Quanto a motores, tratando-se de um lançamento no mercado norte-americano, a oferta mantém os já conhecidos 3,6 litros V6 Pentastar com 290 cv de potência e 348 Nm, capaz de rebocar até 2812 kg, e o V8 de 5,7 litros, com 357 cv e 528 Nm, que puxa 3265 kg. Em ambos os casos, os motores são acoplados a uma transmissão automática de oito velocidades TorqueFlite, que permite baixar os consumos. A contribuir para a poupança de combustível está ainda a estreia da desconexão do eixo dianteiro, sempre que o SUV detecta que as condições do piso não requerem tracção integral.

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